Boletim reforça suspeita de mentira sobre saúde de Bolsonaro

Estava anunciado que Jair Bolsonaro sairia na próxima quarta-feira do Hospital Albert Einstein, onde está internado.
Agora, o prazo foi estendido para segunda-feira – mas sem segurança.
Novo boletim do hospital indicou que ele teve febre ontem à noite.
“Apresentou ( Bolsonaro), ontem à noite, elevação da temperatura (37,3 °C) e alteração de alguns exames laboratoriais. Foi iniciado antibioticoterapia de amplo espectro e realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local”, diz o boletim médico.
Os rumores de que estão mentindo sobre a saúde do presidente foram estimulados pela Folha.
O jornal mostrou que os assessores enganaram a imprensa sobre a saúde de Bolsonaro.
Os Assessores disseram à imprensa que as náuseas e vômito que Bolsonaro teve no sábado, obrigando-o a colocar uma sonda gástrica, era uma “reação normal e decorrente da retomada da função intestinal”.
A Folha descobriu que não era uma reação normal.
A naúsea e vômito ocorreram porque o intestino delgado parou de funcionar.
É o que se chama de “íleo paralítico”.

Folha ouviu especialistas:

Segundo eles, os sintomas apresentados por Bolsonaro representam uma piora no estado clínico. Um deles diz que, no melhor cenário, não era para acontecer. No quinto dia após a cirurgia, afirma, o paciente deveria estar comendo por boca e evacuando.

Outras hipóteses explicariam a paralisação do intestino como fístula (abertura de algum ponto cirúrgico), infecção, efeitos colaterais de medicamentos (antibióticos ou remédios para dor) ou aderência precoce, ou seja, uma dobra no intestino.

A pior das hipóteses seria a fístula. Se ocorrer, há risco grande de ter que reoperar e refazer a bolsa de colostomia.