Eduardo Bolsonaro nem desconfia quantas mulheres são assassinadas

Para o deputado Eduardo Bolsonaro feminismo doença.
Daí ter aconselhado os professores a não falar mais sobre feminismo em São Paulo de aula.
A irresponsabilidade desse tipo de visão pode ser traduzindo em números.
É a reportagem que O Globo publicou hoje, com a seguinte manchete: “Nos primeiros 11 dias do ano, 33 mulheres foram vítimas de feminicídio e 17 sobreviveram”.
Muita gente acha que ser politicamente correto é engraçadinho. Mas, muitas vezes, por trás do deboche vem a violência moral ou física.

Separei um trecho da reportagem

Um crime escandalizou ontem a pequena cidade de São Luís do Quitunde, no Norte de Alagoas. Osmar de Barros Portela, de 54 anos, matou a facadas a sua mulher, Rosineide Bernardes de Andrade, 55. Foi preso em flagrante. E Rosineide entrou no rol das vítimas de feminicídio. Já foram 50 casos (consumados ou não) registrados em 2019, quase cinco por dia.
O levantamento foi conduzido por Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela USP, com base no noticiário nacional. Em 2017, uma pesquisa realizada com a mesma metodologia apontou 2,59 ocorrências diárias.

Em 2018, a Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180 registrou, em média, 586 denúncias mensais de tentativas de feminicídio. Em 2017, foram 229.
No Rio, entre janeiro e novembro do ano passado, foram registrados 62 feminicídios e 269 tentativas.