Em carta à Israel, Bolsonaro tenta explicar o inexplicável

Diante da repercussão negativa da afirmação que “poderia perdoar, mas não esquecer” o Holocausto, Bolsonaro enviou uma carta à embaixada israelense no Brasil na qual procura se explicar a fala desastrosa.

Reportagem do “O Globo” revela que na mensagem, Bolsonaro diz que “o perdão é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto” e que “qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus”.

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante visita ao Muro das Lamentações
Créditos: Alan Santos/PR
Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante visita ao Muro das Lamentações

“Ao povo de Israel: deixei escrito no livro de visitantes do Memorial do Holocausto em Jerusalém: ‘AQUELE QUE ESQUECE SEU PASSADO ESTÁ CONDENADO A NÃO TER FUTURO’.
Portanto, qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus. Já o perdão, é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto, onde milhões de inocentes foram mortos num cruel genocídio”, diz a íntegra da mensagem publicada na página do embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley (veja abaixo).

Ontem, o presidente israelense, Reuven Rivlin, o Memorial do Holocausto, em Jerusalém, o jornal “New York Times” criticaram duramente Bolsonaro.

חברות וחברים יקרים שבוע טוב , לפני מספר שעות פרסמתי תגובה שלי לדבריו של נשיא ברזיל בכנס של ראשי הקהילה האוונגלים , מאחר…

Posted by Embaixador Yossi Shelley on Saturday, April 13, 2019