Filho de Bolsonaro comete gafe em fala com vice-premier italiano
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) segue na cruzada contra o socialismo. Esta semana, ele visitou a Hungria e a Itália, dois países que têm à frente governos ligados à extrema direita.
De acordo com o jornal “O Globo”, objetivo da viagem é dar continuidade ao chamado Movimento, idealizado por Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, para criar um bloco ultraconservador na Europa.
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Porém, no encontro com vice-premier italiano, Matteo Salvini, Eduardo Bolsonaro cometeu uma gafe.
De acordo com reportagem do site IG, o filho de Bolsonaro confundiu os termos em latim “jus sanguinis” e “jus soli” ao perguntar ao vice-premier sobre a questão imigratória.
Jus sanguinis é um termo que significa “direito de sangue” e garante ao indivíduo a cidadania de um país por meio de sua ascendência – é uma modalidade defendida pela Liga Norte, de Salvini. Já o jus soli significa “direito de solo” e dá ao indivíduo o direito à nacionalidade do lugar onde nasceu.
“O que os brasileiros podem esperar da dupla cidadania? Já que tem uma comunidade em torno de 30 milhões de brasileiros descendentes de italianos. Não que eles desejam ter esta cidadania, mas eles se sentem um pouco italianos. Então, o que o brasileiro pode esperar desta questão do jus sanguinis? Vocês são a favor somente do jus soli, ou concordam que o jus sanguinis é uma maneira de reconhecimento da nacionalidade italiana?”, perguntou Eduardo a Salvini.
Percebendo a confusão do termo, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Roberto Lorenzato, que acompanhou Eduardo Bolsonaro na viagem e que fazia a tradução da conversa, corrigiu.
Ao responder, Matteo Salvini ressaltou que os únicos imigrantes que interessam são os descendentes de italianos no mundo, citando especificamente brasileiros, argentinos e europeus.