Patrocinador questiona Lollapalooza por situação de trabalhadores

A notícia de que trabalhadores receberam R$ 50 por 12 horas de jornada na montagem do festival Lollapalooza pegou mal entre os patrocinadores.

Sindicato denunciará festival Lollapalooza por trabalho escravo
Créditos: Reprodução/Facebook
Sindicato denunciará festival Lollapalooza por trabalho escravo

A coluna Painel S.A, da Folha, revela que a Ambev e PepsiCo solicitaram esclarecimentos ao organizador, a T4F (Time For Fun). Já a GM diz que defende o cumprimento da lei e indica que a organização dê esclarecimentos.

Procurados pelo jornal, os outros patrocinadores do festival optaram por não comentar o caso oficialmente.

O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, também denunciou a situação em suas redes sociais. Segundo ele, cerca de 120 pessoas foram convocadas para o trabalho.

“O preço de mercado para um carregador trabalhar 12 horas seria de R$ 100”, afirma.

De acordo com a lei trabalhista e o piso no estado de São Paulo, o aceitável seria cerca de R$ 68.

Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) afirmou esta semana que denunciará a organização do Lollapalooza por recrutar pessoas em situação de rua para trabalhar em situação análoga à escravidão.