Só existem três tipos de jornalistas, segundo o Governo Bolsonaro
O Ministério da Educação divulgou uma nota acusando o jornalista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, de “ser treinado em marxismo e leninismo” pelo Partido Comunista Soviético
A nota afirma que o ministro Ricardo Vélez não aceita “adotar métodos de manipulação da informação, desaparecimento de pessoas e de objetos que eram próprios de organizações como a KGB”, o serviço secreto da antiga União Soviética.
Motivo: não gostaram de uma nota de Góis mostrando que o MEC estavam tirando do ar vídeos considerados de esquerda. Um texto que estava correto, diga-se, como comprovou depois a Folha de S.Paulo.
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Analisando todos os ataques do Governo Bolsonaro e sua família contra a imprensa, podemos ver que existem, na visão deles, apenas 3 tipos de jornalistas.
- Esquerdistas. Em busca da implantação do socialismo, os esquerdistas – aqui englobando de petistas, tucanos a seguidores do PSOL – buscam de todos os jeitos solapar os ideias liberais de Jair Bolsonaro. Os ideólogos do governo acreditam que uma das estratégias do marxismo cultural foi dominar os meios de comunicação.
- Corruptos. São os jornalistas que dependem de verbas públicas e, portanto, criticam o governo à espera de algum dinheiro.
- Imparciais – Esses, em menor número, são aqueles que, em nome da objetividade, apoiam o governo, por perceberem suas qualidades e não se renderem à manipulação esquerdista.
Mas a divisão não é tão simples.
Na visão dos ideólogos do governo, como Olavo de Carvalho e Carlos Bolsonaro, esquerdistas e corruptos muitas vezes trabalham na mesma empresa.
Seria o caso de Ancelmo Góis, o “leninista” a serviço da Globo, que só critica o governo porque quer continuar a “mamata”.
Por incrível que pareça – incrível mesmo – eu não estou exagerando.
O que se conclui é simples: Jair Bolsonaro não conhece nada de jornalismo e liberdade de expressão.