3 investimentos seguros para você desistir de vez da poupança
Muitas realizações de sonhos e aquisições materiais só são possíveis quando planejamos. E isso implica em desenvolver uma boa administração de recursos, cortar gastos e, principalmente, poupar dinheiro.
É nessa última etapa que muitos acabam errando. De acordo com pesquisas, 76% dos brasileiros ainda preferem aplicar na caderneta de poupança, mesmo ela não apresentando um rendimento interessante.
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No ano passado, a poupança voltou a render mais que a inflação. 8,3% contra 6,29%, segundo dados do IBGE. Isso significa que quem manteve dinheiro na poupança durante o ano de 2016 conseguiu cobrir a perda da inflação e ainda poupar um dinheirinho extra.
Porém, o que poucos sabem é que – de certo modo – há prejuízos também na poupança. Em 2015, por exemplo, a inflação foi maior que o rendimento da aplicação. 10,67% da inflação contra 8,15% de ganho da poupança. Ou seja, o poupador perdeu dinheiro naquele ano.
Facilidade no investimento e isenção no Imposto de Renda são alguns dos fatores que explicam a preferência dos brasileiros por esse tipo de aplicação.
Mas então qual a melhor opção de investimento? “Depende”, afirmam os consultores financeiros. A melhor aplicação financeira é a que atende o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou agressivo. O tempo de resgate também pode determinar qual caminho seguir.
Conheça 3 opções que oferecem uma rentabilidade bem maior que a oferecida pela poupança:
Títulos públicos
Considerado um investimento de baixo risco, o Tesouro Direto ainda continua uma ótima alternativa para obter um bom retorno em longo prazo. Nesse caso, o investidor está emprestando dinheiro ao Governo Federal e, em troca, recebe uma remuneração por isso no momento do resgate.
Os números dos últimos anos mostram rendimentos de 14% ou mais ao ano, enquanto a poupança paga cerca 8% ao ano. Com apenas R$ 30 já se pode iniciar uma aplicação, mas não é possível comprar um título do Tesouro por conta própria, para isso, o investidor precisa de uma corretora.
A desvantagens desse investimento é que existe cobrança de muitas taxas, como de administração, custódia e permanência.
Existem vários tipos de títulos, um deles é o pré-fixado, que permite ao investidor saber a porcentagem de rentabilidade que terá quando o título vencer. Há também os pós-fixados, sujeitos à variação da Selic ou da inflação.
O investidor define o prazo final para resgate, mas pode retirar o dinheiro antes disso, caso precise, porém, nesse caso, a rentabilidade pode diminuir. O risco que o investidor corre com o Tesouro Direto é se o Governo quebrar.
Leia mais sobre as vantagens do Tesouro Direto aqui.
CDB
Enquanto no Tesouro Direto, o investidor empresta dinheiro para o Governo, no CDB, o empréstimo é feito para um determinado banco. Em troca, o empréstimo é pago com um juro, geralmente um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que está próximo da Selic – a taxa básica de juros.
Entre as vantagens está o fato do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) assegurar um risco igual a zero para aplicações inferiores ao valor de R$ 250 mil. Além disso, há uma variedade de prazos, inclusive com títulos de liquidez diária, ou seja, com a possibilidade de resgatar o dinheiro a qualquer momento.
No CDBs, não existe taxa de administração, mas há um desconto de Imposto de Renda. A regra é a mesma que a dos títulos públicos: quanto mais tempo você demorar para fazer o resgate, menor será a alíquota de IR cobrada.
Esse título é indicado a investidores mais conservadores, que desejam ganhar algo próximo à taxa Selic. A desvantagem é que para conseguir taxas elevadas, próximas ou maiores que 100% do CDI, é preciso investir acima de R$ 100 mil.
LCI
A Letra de Crédito Imobiliário é um empréstimo de dinheiro que se faz a uma instituição financeira e que será destinado para financiar o setor imobiliário. A principal diferença para o CDB é que na LCI as pessoas são isentas de Imposto renda para pessoas físicas.
Há diferentes prazos para a aplicação e, em geral, quanto maiores eles forem, melhor o retorno, que é calculado como uma porcentagem do CDI. Esse é um tipo de aplicação destinada a investidores que buscam maiores rentabilidades no curto e médio prazo. É importante dizer que o dinheiro poderá ser resgatado somente no vencimento da operação.
O risco deste investimento é relativamente baixo e semelhante ao do CDB. Mesmo que a instituição financeira emissora quebre e não honre com o pagamento, o investidor conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) que irá cobrir valores de até R$ 250.000,00.