Saiba quais são as novas regras do cheque especial

E sim, os bancos poderão te cobrar mesmo se você não utilizar o crédito

Já estão valendo desde segunda-feira, 6, as novas medidas do cheque especial. Com juros limitados, agora os bancos não poderão cobrar do cliente taxas superiores a 8% ao mês (o 151,8% ao ano).

Por outro lado, o Banco Central (BC) permitiu que os bancos cobrassem tarifas por simplesmente disponibilizar o crédito em sua conta. Essa tarifa adicional, nesse primeiro momento, será cobrada somente aos novos contratos. Quem já tem cheque especial há bastante tempo, fique calmo, pois a mudança só passará a valer a partir de 1º de junho de 2020.

Cobrança adicional para quem usa o cheque especial.
Créditos: iStock/FG Trade
Cobrança adicional para quem usa o cheque especial.

Quem será cobrado?

Só poderão ser cobrados os clientes que têm mais de R$ 500 de limite no cheque especial. Serão cobrados até 0,25% sobre o valor que exceder os R$ 500, por exemplo. E sim, essa tarifa poderá ser cobrada mesmo se o cliente não utilizar o limite.

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Quem se enquadra nesse perfil e não quer ser taxado deve procurar seu banco e verificar se haverá isenção ou pedir a redução do valor do crédito disponível. Faça essa solicitação por escrito e com registro de protocolo.

O que decidiram os principais bancos

Bancos como Itaú e Bradesco não cobrarão a tarifa de cheque, pelo menos até junho. A Caixa e o Banco do Brasil também decidiram não cobrar tarifa adicional para atuais ou novos clientes. Já o banco Santander foi o único que informou que cobrará, só para os novos contratos, a tarifa mensal de 0,25% do valor do limite de crédito que passa dos R$ 500.

Segundo a Agência Brasil, o BC explicou que o teto de juros pretende tornar o cheque especial mais eficiente e menos regressivo (menos prejudicial para a população mais pobre). Para a autoridade monetária, as mudanças no cheque especial corrigirão falhas de mercado nessa modalidade de crédito.

A taxa média do cheque especial alcançou 306,6% ao ano em novembro de 2019. Mesmo com a redução (o 151,8% ao ano) ainda será um dos mais caros do mercado. Por isso, atenção, use somente para emergências.