Maria Antonia inaugura primeira série de exposições deste ano

Expõem no centro universitário os artistas Fábio Miguez, Guto Lacaz, Thiago Rocha Pitta, Patrícia Osses e André Rigatti

Cinco olhares sobre arte. Diferentes formas de expressá-la. Até 29 de junho, o Centro Universitário Maria Antonia abre espaço para exposições individuais dos artistas Fábio Miguez, Guto Lacaz, Thiago Rocha Pitta, Patrícia Osses e André Rigatti. Com entrada gratuita, o acesso à fotografias, pinturas e instalações fica disponível de terça a sexta-feira, a partir das 10h.

Conheça mais sobre os artistas:

Fábio Miguez

Exposição: Paisagem Zero

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Paisagem Zero. Por Fábio Miguez

A mostra traz o “lado b” de seu trabalho: quatro séries de fotografias, a maior parte em preto-e-branco. “Estação”, “Deriva”, “Mariantonia” e “Ateliê”  são os títulos das séries selecionadas pelo curador dessa exposição, Lorenzo Mammì.

A despeito de cada série ter como objeto principal um “assunto” bastante particular, as fotografias dos quatro grupos colocam em jogo questões e procedimentos que reverberam entre si. A expografia foi pensada de maneira a sugerir também relações intensas entre as cerca de vinte fotos e seis pinturas de grandes dimensões, organizadas em pares, que integram a exposição.

Esses pares de telas, que funcionam de maneira similar a páginas abertas, dão continuidade às investigações de Fábio Miguez em suas pinturas mais recentes, com a inserção de palavras no universo pictórico.

Fábio Miguez é formado em arquitetura e desenvolve um trabalho de arte desde os anos 1980, quando integrou o grupo Casa 7 (ao lado Nuno Ramos, Rodrigo Andrade, Carlito Carvalhosa e Paulo Monteiro).

Guto Lacaz

Exposição: Eletro livros

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Eletro livros. Por Guto Lacaz

A exposição reúne dezzesseis novos trabalhos nos quais o artista faz uma releitura da obra de Ives Klein, Josef Beuys, Marcel Duchamp, Piet Mondrian, René Magritte e Waldemar Cordeiro, entre outros. A mostra se estrutura a partir de livros abertos em páginas com fotografias, onde esses artistas aparecem realizando uma determinada ação.

Em cada uma das páginas são mostrados aspectos da cena com o artista retratado. Por meio de mecanismos e motores elétricos as obras recebem uma espécie de acréscimo cinético, o que dá “movimentos” às peças expostas.

As obras também geram leves ruídos no espaço expositivo, produzido pela vibração dos motores montados em bases de madeira.

Guto Lacaz é formado em arquitetura, e trabalha em diversos meios, como instalações e performances. Participou de exposições em instituições como Itaú Cultural (São Paulo, 2001), Pinacoteca do Estado de São Paulo (2005) e Centro Cultural São Paulo (2007).

Thiago Rocha Pitta

 Exposição: O campo acampa

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O campo acampa.Por Thiago Rocha Pitta

Um grande objeto com aspecto de uma barraca de acampar, porém rígido e feito de cimento armado. O trabalho de Pitta busca refletir sobre a fusão entre produção artística e arte. No interior desta barraca, vegetação viva cultivada e mantida ao longo da mostra.

Thiago Rocha Pitta estudou artes na UFRJ e realizou exposições individuais em instituições como Galeria Milan (São Paulo, 2008), Andersen Contemporary (Alemanha, 2008), Pavilhão Ascenção (São Paulo, 2007) e Museu de Arte da Pampulha (Belo Horinzonte, 2006).

Patrícia Osses

Exposição: Vigne- mère

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Vigne mère. Por Patrícia Osses

A instalação da artista reúne conto, documento e ficção por meio de fotografia em black-light, acompanhada por um texto ouvido dentro da sala. O trabalho foi criado durante o tempo em que a artista passou Auvergne, interior da França. Neste período, aprofundou sua pesquisa sobre a relação do espaço ficcional com o real.

Patrícia Osses é formada pela ECA-USP, onde cursa Doutorado em Poéticas Visuais. Seus trabalhos lidam com diversos meios, como instalação, performance, fotografia e som.

André Rigatti

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Sem título. Por André Rigatti

São apresentadas treze pinturas inéditas, produzidas a partir de 2010. As obras fazem parte da pesquisa que Rigatti fez sobre a cor e o espaço. Confeccionadas a óleo sobre papel nas dimensões de 30 x 40cm, 50 x 60cm e 70 x 110cm, os trabalhos sugerem um pensamento sobre a pintura em suas diversas passagens, o que inclui o desejo de sua continuidade em relação ao espaço para fora dela.

André Rigatti é graduado em Artes Visuais pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e mestrando em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Desenvolve sua pesquisa a partir da produção de pinturas, gravuras e vídeos, sendo a cor um de seus principais interesses.

Por Redação