Ativistas criam abaixo-assinado contra fantasia de Halloween inpirada em Caitlyn Jenner
Já em clima de Halloween, redes norte-americanas de lojas online resolveram lançar como uma de suas fantasias para o Dia das Bruxas uma reprodução do look de Caitlyn Jenner na revista “Vanity Fair”.
Caitlyn é ex-atleta olímpica norte-americana e enquanto vivia como Bruce ganhou medalhas e bateu recordes no universo esportivo. Após assumir identidade de gênero feminina, ela estampou a capa da edição de julho da “Vanity Fair”, declarando: “Me chame de Caitlyn”.
A fantasia de Halloween é composta por um look semelhante ao que a ex-atleta está usando na capa da publicação e vem com uma peruca e uma faixa. O produto ainda é classificado, nos sites, como “humorístico”. Mas qual é a piada em ser transexual?
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Assim que a notícia se espalhou na mídia, a fantasia foi apontada como transfóbica e as redes de lojas online receberam muitas críticas.
Trisha Lombardo, responsável pelo marketing da Spit Halloween, uma das empresas que lançou o produto, explicou que Jenner é uma heroína dos tempos modernos por sua coragem em assumir ao público sua identidade de gênero. Ele disse que a empresa costuma usar pessoas famosas para criar fantasias e que isso é só mais um modo de homenagear Caitlyn.
Ativistas que lutam pelos direitos trans se posicionaram nas redes sociais e a internauta Addison Vincent criou um abaixo-assinado no Change.org reforçando o quão preconceituosa é a ideia de achar “engraçada” a identidade sexual das pessoas. Confira trecho do abaixo-assinado:
“Exigimos que você revogue suas ideias e a produção de uma fantasia da Caitlyn Jenner para o Halloween. Com uma reputação de trajes sexistas, racistas, estamos preocupados que este produto vai continuar a sua tradição opressiva com uma fantasia transfóbica de Caitlyn Jenner. Fazer uma fantasia de uma identidade marginalizada reduz essa pessoa e essa comunidade a um estereótipo, usado por pessoas privilegiadas para justificar seu abuso”.
“Em um momento em que as mulheres trans estão sendo assassinadas em uma taxa tão alta, e a falta de moradia, acessibilidade, emprego e cuidados com a saúde na nossa comunidade, tirar sarro de um ou de todos nós é totalmente insensível e deplorável”, acrescenta o texto.
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