Babu condena política de Bolsonaro após sair do BBB

"Ano passado, o nosso meio passou por um massacre", disse o ator

27/04/2020 21:28

Babu Santana condenou a política de Cultura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao falar sobre sua participação no Big Brother Brasil 20 (BBB), no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes‘, nesta segunda-feira, 27.

Babu condena política de Bolsonaro após sair do BBB
Babu condena política de Bolsonaro após sair do BBB - Reprodução/TVGlobo

Ao rebater as críticas dos colegas de confinamento, de que Babu teria cometido ‘vitimismo’ no reality da TV Globo, o ator, sem citar o nome do presidente, deixou claro que as mudanças na área da Cultura, como o fechamento do Ministério exclusivo para área, não foram positivas e foram sentidas por toda a categoria, desde produtores até os atores que, como ele, ficaram sem trabalho e renda, chegando a cogitar desistir da carreira.

“As críticas que acho que não tem fundamento, não dou nem importância. Ano passado, o nosso meio passou por um massacre, foi terrível. […] Eu trabalhei janeiro e setembro. Tenho três filhos, saí da favela para tentar ter uma vida mais digna e tudo mais. Eu peguei um buraco, um abismo, no cinema nacional. Teatro estava muito difícil. Foi muito brabo. O final do meu ano foi uma coisa que pensei em desistir da carreira. A gente pensa várias vezes, mas o ano passado eu pensei sério”, desabafou Babu.

O ator pontuou ainda que, alguns “conseguiram se virar”, vendo na internet um meio para projetar sua imagem ou continuar fazendo trabalhos. “O que eu quis aprender com esses jovens era como me organizar dentro desse mundo moderno. Porque eu, vindo do mundo analógico, eu trabalhei janeiro e trabalhei setembro [de 2019], tendo 3 filhos.”

Babu também falou da importância de ter Thelma na final da competição.

“A humanidade caminha a passos lentos, mas caminha para frente. Sobre ter uma mulher preta na final, sempre foi um dos meus planos. Se teve uma coisa que defendi, foi eu ou Thelma chegar na final, por uma questão de representatividade“.