BBB 22: Vyni se assumiu gay para a família um dia antes do pré-confinamento
"Vyni sofreu muito bullying desde pequeno por ser mais dócil e ter esse jeitinho mais delicado", revelou a avó, que também é mãe do brother
Vyni decidiu se assumir gay para a família um dia antes de entrar no pré-confinamento do BBB 22. Mas, foi dentro do reality que o bacharel em direito decidiu abrir sobre uma terrível tragédia que aconteceu em sua vida, quando sofreu violência física por conta de sua sexualidade. A notícia abalou, inclusive, a família do brother, que também não sabia sobre o ocorrido.
O jornalista Gabriel Perlina viajou até Crato, no Ceará, cidade natal de Vinicius, para conhecer mais afundo a história dele. Por lá, descobriu que a avó de Vyni, Quinha, foi quem assumiu a figura de mãe na vida do jovem.
Ele juntou a família toda um dia antes de embarcar para o Rio de Janeiro, no pré-confinamento, e contou que é gay. No momento, foram muitos choros, apesar de alguns já desconfiarem. O fato é que o assunto não era dialogado entre a família e ele nunca falou nada em sentir atraído por homens.
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“Ele juntou todo mundo aqui e falou. Eu chorei muito de tristeza, porque minha maior preocupação é com o que pode acontecer com ele na rua. Não quero que ele seja agredido”, disse dona Quinha.
“Vyni sofreu muito bullying desde pequeno por ser mais dócil e ter esse jeitinho mais delicado. Já vi ele chorando por causa disso, mas sempre estive ao seu lado. Não tem coisa que mais me machuca do que ver meu filho triste. Isso é a morte para mim”, acrescentou.
Em rede nacional, Vinicius resolveu abrir sobre outro segredo que guardava: ter sofrido agressões física por ter homossexual. Ao amigo Eliezer, do BBB 22, ele relatou a ocorrência de ter sido perseguido por um grupo de homens que sentiram incomodados com seu comportamento mais delicado. A avó, que também é mãe, ficou sabendo disso apenas com o Brasil.
Vida mais reservada
Após a ocorrência, ele passou ter uma vida mais reservada e até mesmo tímida. Vyni ficava por horas trancado em um quarto nos fundos da casa, sem janela e sequer circulação de ar. Era lá que ele estudava e também fazia trabalho para estudantes de Direito, que o contratavam. O bacharel em Direito também usava o cômodo para fazer os vídeos que publicava nas redes sociais.
“Ele só saía para almoçar. Até a merenda eu trazia aqui pro meu menino. Ele ficava o dia inteiro aqui enfiado nos livros, lendo e escrevendo. Tinha dias que entrava aqui cedo e só saía à noite”, explicou a mãe do rapaz.
Por medo de novos ataques homofóbicos e por falta de dinheiro, Vyni não costumava sair para se divertir em bares ou baladas. A sua hora de lazer era visitar amigos e parentes. No máximo, algumas idas ao centro de Crato, que na maior parte das vezes era pra acompanhar a mãe nas visitas de hospital.
“Vyni fica aqui em casa o dia inteiro. E agora que ele não está aqui eu sinto muito a falta dele”, falou dona Quinha.
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