BBB 24: especialista analisa como o reality impulsiona o marketing de influência  

Com faturamento de R$1,2 bilhões o programa é o mais rentável e estratégico para as marcas

A casa mais vigiada do país, o BBB 24 obteve um faturamento de mais de R$1,2 bilhões com cotas, de acordo com informações divulgadas pela Globo.

Esse é o reality show brasileiro mais rentável e estratégico, que foi além da televisão aberta e reconheceu a importância do meio digital, tornando-se relevante nesse ambiente.

BBB 24 obteve um faturamento de mais de R$1,2 bilhões com cotas, de acordo com informações divulgadas pela Globo
Créditos: Divulgação
BBB 24 obteve um faturamento de mais de R$1,2 bilhões com cotas, de acordo com informações divulgadas pela Globo

Thiago Cavalcante, especialista em marketing de influência, CSO e founder da Inflr, aponta que vencer o programa de TV não é mais o prêmio máximo que se pode conquistar, mas sim como os participantes podem aumentar o alcance de seus perfis nas redes sociais por meio do reality.

“Hoje o BBB é um grande impulsionador de marcas e influenciadores. Se os participantes souberem utilizar seus perfis corretamente, podem criar uma verdadeira máquina de campanhas publicitárias. No entanto, é importante ressaltar que contar com uma equipe especializada na curadoria de conteúdo ajuda a assegurar resultados ainda mais expressivos para aqueles perfis que estão crescendo rapidamente”, completa.

Unindo anônimos e famosos em único círculo, separados por pipocas e camarotes, o programa consegue alcançar diferentes tipos de público. Um exemplo disso é a cantora Wanessa Camargo, conhecida por sua carreira musical, que entrou no programa com uma base de fãs de 4 milhões e atualmente possui 4,5 milhões.

Segundo o especialista em marketing de influência, mesmo com a base de fãs da cantora já formada, esse novo público que chega é uma vantagem tanto para Wanessa quanto para as empresas que investem em campanhas com ela.

“As marcas estão percebendo que o BBB é uma oportunidade para escolher a pessoa certa para suas campanhas. Uma das soluções da Inflr é identificar e separar os fãs fiéis da cantora, daqueles que a seguiram por causa do reality. Isso ajuda a atingir o público certo no momento certo”, explica o CSO.

Para os que são escolhidos como pipoca, entrar no BBB é uma possibilidade de se tornar um grande influenciador e conquistar milhões de seguidores e, desta forma, passar a trabalhar em parceria com marcas em campanhas na internet. 

Como no caso da Beatriz Reis, participante do grupo “Pipoca” que entrou no reality com cerca de 4 mil seguidores e, atualmente, possui uma conta verificada e já acumula mais de 3,2 milhões de seguidores.

Ela é a segunda participante com mais menções positivas na internet, segundo o Radar BBB da agência WMcCann. Mesmo durante o programa, ela já fez publicidade para várias marcas patrocinadoras, como Seara, Latam e Electrolux.

“Essa participante tem todas as condições de se tornar um grande case para as marcas, seu crescimento nas redes fortalece a presença do BBB não apenas na TV, mas também nas redes sociais. Com o engajamento em constante crescimento após sair do reality, ela terá contratos com grandes marcas que são 3, 4, 5 vezes maiores que o prêmio final”, ressalta o fundador da Inflr.

As projeções para 2024 apontam para um crescimento significativo do mercado de  marketing de influência. Esse aumento está relacionado à conexão entre as marcas e a tecnologia, nas estratégias de Branding 2.0 e nos resultados positivos que elas têm proporcionado.

Cavalcante destaca que, antigamente, as marcas precisavam contar com mídias de grande alcance e horários específicos para chegar a  determinados perfis. “Através do trabalho de multisegmentação da Inflr, é possível entregar o mesmo conteúdo em canais específicos que se comunicam diretamente com o público-alvo da campanha, alcançando até 100% dos seguidores do influenciador em questão”, destaca o especialista.