Bolsonaro critica a Mangueira por releitura de Jesus Cristo
Com o samba enredo “A Verdade Vos Fará Livre”, a Mangueira não agradou o presidente Jair Bolsonaro, nem o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Os dois criticaram a escola de samba que desfilou no último domingo, 23, no Rio de Janeiro.
A Estação Primeira explorou as possíveis tensões e situações que Jesus sofreria se tivesse nascido no Brasil de hoje: preto, pobre, mulher, índio e LGBT. Cristo foi retratado em meio a violência policial contra negros e pobres nas favelas. Também contou com a ala “Bandido bom é bandido morto”, que faz uma crítica direta ao discurso da extrema-direita bolsonarista, retratando as principais vítimas da violência no Brasil: jovens pobres e negros.
Diante disso, o presidente transmitiu, em suas redes sociais, um comentário dizendo que o jornal Folha de S.Paulo é que associou a temática da Mangueira com sua figura, porém para ele a escola de samba não abordou política e sim religião. “A ‘Folha de S.Paulo’, hoje, foi buscar uma imagem no carnaval do Rio, uma imagem de uma escola de samba desacatando as religiões, né? Cristo levando uma batida de policial. Faz uma vinculação comigo. Estão buscando uma imagem no Rio para me atingir”, falou.
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O ministro Luiz Eduardo Ramos também usou as redes sociais para comentar. “Sou defensor da liberdade de expressão , valor importante na Democracia !! Mas como Cristão não creio ser razoável usar a figura de Jesus, filho de Deus da forma que a escola de samba Mangueira fez !! Independente dos que acreditam ou não, respeitem os Católicos e Cristãos !!”, postou.
Bolsonaro fez o comentário sobre o samba-enredo enquanto caminhava pela praia em Praia Grande, no litoral paulista, onde passa o carnaval. A caminhada foi transmitida por uma das redes sociais do presidente. Ele estava acompanhado de seguranças, de um dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), e do deputado Helio Lopes (PSL-RJ).