Brasileiro vence concurso mundial de fotografia da Sony

Com ‘Afrocentrípeta’, Matheus L8, como é mais conhecido, se destacou em competição que reuniu mais de 190 mil imagens

O fotógrafo baiano Matheus Leite foi o vencedor do concurso Sony World Photography Awards na categoria National Awards. Matheus L8, como é mais conhecido, é o primeiro brasileiro a vencer a disputada competição, que está em sua 9º edição.

Entre os prêmios, Matheus terá o trabalho exibido na exposição Sony World Photography Awards, no palácio Somerset House, em Londres, programada para o fim de 2020.

 Foto vencedora da série Afrocentrípeta, de Matheus Leite, em concurso internacional de fotografia da Sony
Créditos: Matheus L8/Sony World Photography Awards
 Foto vencedora da série Afrocentrípeta, de Matheus Leite, em concurso internacional de fotografia da Sony

Morador do Bonfim, em Salvador, onde nasceu e foi criado, Matheus trabalha com fotografia desde 2015 e cria reflexões sobre como é ser negro no Brasil e no mundo. As informações são do UOL.

O trabalho premiado, escolhido entre mais de 190 mil imagens inscritas, foi do ensaio Afrocentrípeta, feito nas Dunas de Diogo, no litoral norte da Bahia.

Matheus conta que buscou retratar a simbiose e metamorfose intrarraciais ocorridas no Brasil durante os séculos em que o tráfico negreiro provocou o encontro de povos africanos de diferentes reinos, culturas e nações.

Ensaio ‘Afrocentrípeta’ foi um dos vencedores do National Awards, do Sony World Photography Awards
Créditos: Matheus L8/Sony World Photography Awards
Ensaio ‘Afrocentrípeta’ foi um dos vencedores do National Awards, do Sony World Photography Awards

Para Matheus L8m, vencer o concurso foi muito surpreendente, já que ele só tem cinco anos de carreira e nunca tinha participado de competições desse tipo.

Até os 21 anos, Matheus revela que detestava aparecer em fotos “Não tenho nenhum registro dos meus 10 aos 21 anos, não sei se era algo a ver com minha autoestima, mas é uma marca que carrego comigo”, diz o fotógrafo.

“Em 2015 peguei minha primeira câmera e comecei a fazer fotos em ambientes fechados para registrar amizades, festas de familiares, etc. E esse primeiro ano foi tão intenso que no segundo semestre eu já estava trabalhando com fotografia”, diz o jovem.