Ex-BBB que inventou o termo ‘paredão’ estava em ato golpista em Brasília

Adriano Castro ficou acampado em frente a quartel após a derrota de Bolsonaro nas eleições e publicava incentivos de atos antidemocráticos na internet

Participante da primeira edição do “Big Brother Brasil”, o artista plástico Adriano Castro, mais conhecido pelo apelido Didi Red Pill, esteve no ato golpista realizado por bolsonaristas da extrema direita, no último domingo, 8, em Brasília.

O ex-BBB registrou, através de um vídeo ao vivo no YouTube com mais de quatro horas de duração, o momento em que ele e outros criminosos invadem e vandalizam o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. A publicação foi deletada da plataforma nesta segunda-feira, 9.

Ex-BBB que inventou o termo ‘paredão’ estava em ato golpista em Brasília
Créditos: Reprodução/Instagram
Ex-BBB que inventou o termo ‘paredão’ estava em ato golpista em Brasília

Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o ex-BBB se define, nas redes sociais, como “patriota” e “exterminador de mortadelas”. Ele posta, por meio de seu canal no YouTube, vídeos incentivando atos antidemocráticos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu a eleição presidencial em 2022. Da Bahia, o artista plástico esteve em acampamentos bolsonaristas em Salvador, onde permaneceu por mais de 20 dias nas ruas, depois da eleição de Lula. “Mais um dia na batalha por um país livre e soberano”, escreveu no Twitter enquanto estava no acampamento.

“Estamos fazendo história na porta do Congresso Nacional. Hoje, completam 70 dias que a galera cansou de ficar na porta do quartel e veio aqui no Congresso Nacional… Estamos aqui ao vivo mostrando tudo para vocês, direto de Brasília, a invasão… Invasão, não. A ocupação do Congresso Nacional pelo povo”, ele falou, em um trecho da transmissão feita durante os ataques terroristas.

Adriano tem 54 anos e foi considerado o vilão da primeira temporada do “BBB“, que foi ao ar na TV Globo em 2002. Naquele tempo, ele chegou a inventar o termo “paredão”, em referência ao local onde regimes ditatoriais mandavam fuzilar seus inimigos, para batizar as eliminações no programa.