Ex-pastor, Felipe Heiderich, registra BO contra ataques homofóbicos
"Eu não vou parar de falar de Deus, querendo você ou não", disse ele no vídeo em que fala sobre os xingamentos e ameaças de morte
Felipe Heiderich, ex-pastor, juntamente com seu namorado Bruno De Simone, decidiu abrir um boletim de ocorrência contra ataques homofóbicos que vem sofrendo desde que assumiu relacionamento com o youtuber.
“De hora em hora, minuto a minuto, recebo gente me chamando de doente, de abominação, pedófilo, psicopata. É o tempo inteiro. Além disso, algumas pessoas vão além, e essas pessoas vou acionar”, disse ele em vídeo postado no Instagram no último sábado, 22.
“Existem limites que não devem ser ultrapassados. Querem bater? Venham com força, porque eu aguento. Homofobia é crime, e homossexualidade e pedofilia não tem nada a ver uma coisa com a outra”, escreveu na legenda.
- Richarlyson, ex-jogador da seleção, se assume bissexual
- Ex-assessor de Pamella Holanda registra BO contra ela por homofobia
- Pastor que orou para Paulo Gustavo morrer é condenado por homofobia
- Angélica desabafa e revela ter sofrido abuso sexual na adolescência
No vídeo publicado, o ex-pastor ainda afirmou que selecionaria as 500 piores ameaças que já recebeu para apresentar à polícia.
Heiderich disse ainda que muitos o tratam com xingamentos por simplesmente ele falar sobre religiosidade. “Eu não vou parar de falar de Deus, querendo você ou não”, disse.
Segundo Felipe, ele já recebeu mais 20 mil xingamentos na internet e mais 5 mil ameaças de morte assim que foi acusado de abusar sexual de seu enteado. Ele foi absolvido deste processo por falta de provas, em setembro de 2020.
De acordo com a iniciada pela ex-mulher, a pastora Bianca Toledo, o filho teria sido vítima de pedofilia, em 2016, aos cinco anos.
Assim que se livrou do processo, Heiderich acionou a justiça e moveu uma queixa-crime contra Toledo, por entender que foi vítima de uma armadilha para incriminá-lo injustamente. Ele ainda afirmou, novamente, que não fez nada na época.
“Agora, depois que eu assumi a sexualidade, as pessoas vieram com tudo. Cheguei a printar uns 500 comentários com telefone, email, perfil das pessoas que ultrapassaram esse limite […] Abri meu coração para vocês, e em algumas pessoas eu vou dar um basta”, falou.
De acordo com informações da jornalista Fábia Oliveira, o casal já registrou boletins de ocorrência contra cinco youtubers por homofobia, sendo eles dos canais ‘Metaforando’, ‘Fala Zion’, ‘Diego Ganoli’, ‘André Carpano’ e ‘Oswaldo Eustáquio’.
Homofobia é crime
Infelizmente, ainda hoje existem pessoas que têm aversão à comunidade LGBTQIA+ e que renegam a existência da classe na sociedade por puro preconceito. Desde junho de 2019, é previsto por lei que homofobia é considerado crime no Brasil. O ato criminoso é punido através da Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”.