Guardar ovos na porta da geladeira é um risco à saúde
Como identificar os locais mais frios e estáveis da geladeira
Muitas pessoas escolhem a porta da geladeira para armazenar ovos por facilitar o acesso rápido. Porém, essa escolha costuma despertar dúvidas quanto à segurança alimentar, especialmente pela relação entre ovo, variações de temperatura e o risco de salmonela. Avaliar como o local de armazenamento pode influenciar na proteção contra bactérias é fundamental para evitar problemas de saúde e conservar adequadamente esse alimento tão presente na rotina.
A discussão ganha ainda mais relevância diante de pesquisas recentes e das recomendações emitidas por órgãos de saúde internacional sobre o melhor modo de proteger os ovos, tanto de surtos de salmonela quanto da deterioração precoce. Por isso, entender os riscos associados ao local onde o ovo é guardado dentro do refrigerador se mostra essencial para reduzir perigos na cozinha.

Por que a porta da geladeira é menos segura para ovo?
A porta do refrigerador é o local mais suscetível a mudanças bruscas de temperatura, já que cada abertura gera exposição ao ar externo. Essa instabilidade prejudica alimentos sensíveis como os ovos, que demandam ambiente refrigerado e temperatura constante para evitar proliferação de micro-organismos indesejados. O simples ato de abrir a geladeira pode, então, comprometer a integridade dos ovos ali armazenados.
Ainda, quando a temperatura oscila, ocorre o chamado “suor” no ovo: pequenas gotas de água se formam na casca, criando condições ideais para penetração ou multiplicação de bactérias. Assim, a porta não oferece a proteção necessária contra as alterações climáticas internas comuns nesses eletrodomésticos.
Os ovos na porta estão mais sujeitos à salmonela?
Armazenar ovos na porta não significa garantia de contaminação por salmonela, mas aumenta certos riscos. Estudos apontam que, se bem refrigerados, o crescimento da Salmonella enteritidis acontece de maneira mais lenta. Por outro lado, se houver variação de temperatura, o risco de proliferação do germe se eleva, especialmente porque ovos são alimentos muito sensíveis.
1. As faixas entre 4°C e 60°C delimitam a zona de maior risco para multiplicação bacteriana.
2. Quando expostos a essas temperaturas instáveis, os ovos podem se tornar ambiente favorável para a salmonela, caso a bactéria esteja presente.

Que estudos apoiam ou contradizem essa tese?
Pesquisas internacionais mostram que ovos sob frio constante, geralmente abaixo de 7°C, mantêm níveis muito baixos de cepas bacterianas agressivas. Além disso, o armazenamento inadequado, incluindo oscilações térmicas, amplia a chance de infecções por salmonela e outras bactérias alimentares.
1. Agências de saúde destacam: manter ovos sempre refrigerados já reduz significativamente o risco em relação ao armazenamento à temperatura ambiente.
2. Entretanto, se o armazenamento ocorre na porta, há consenso de que o perigo se torna maior devido às flutuações térmicas.
Quais medidas podem minimizar o risco de salmonela?
Algumas orientações simples podem ser seguidas para tornar o armazenamento do ovo mais seguro. Dê preferência à parte interna e central da geladeira, onde a temperatura é mais estável. Mantenha os ovos em sua embalagem original, sempre fechada, e evite contato com alimentos crus — medida que previne a transferência de possíveis patógenos.
É recomendado também descartar ovos rachados, fazer higiene cuidadosa das mãos e superfícies após o manuseio do ovo cru e limitar o tempo fora da geladeira a no máximo 2 horas, ou 1 hora em ambientes mais quentes.
Qual a conclusão segura sobre a porta e salmonela?
A prática de armazenar ovos na porta do refrigerador, embora comum, traz exposição extra a variações térmicas, fator que pode contribuir indiretamente para o aumento da presença de salmonela. Mesmo sem comprovação direta de contaminação causada apenas por esse hábito, as evidências sugerem que manter os ovos na área central e fria da geladeira é uma opção mais segura.
Além de escolher o local certo, a adoção de medidas básicas de higiene e controle de temperatura continua sendo a principal estratégia para conter riscos de contaminação e garantir a qualidade dos ovos consumidos no dia a dia.