Irmão publica vídeo de apresentadora da Record machucada após agressão de ex

O irmão de Silvye publicou o conteúdo como uma forma de apelo à autoridades que liberaram o agressor após pagar fiança

Michel Alves, irmão da apresentadora Silvye Alves, publicou um vídeo em seu Instagram que mostra a apresentadora da Record Goiânia com machucado acima do lábio, momentos após ter sido agredida pelo ex-namorado, Ricardo Hilgenstieler. Nas imagens, é possível ver os lábios de Silvye inchados e com um corte profundo. Além disso, no registro, a apresentadora diz que “não saber o que fazer”.

Irmão publica vídeo de apresentadora da Record machucada após agressão de ex
Créditos: Reprodução/Instagram @silvyealves e Reprodução/Twitter @OliveiraFabia_
Irmão publica vídeo de apresentadora da Record machucada após agressão de ex

Michel resolveu divulgar as imagens como uma forma de apelo às autoridades que deram liberdade a Ricardo Hilgenstieler da prisão, em menos de 24h após a agressão, porque ele realizou o pagamento da multa de R$ 11 mil. Porém, um pouco depois de ter sido publicado, o vídeo de Michel foi retirado da plataforma, pois foi considerado como “conteúdo impróprio”.

Ricardo entrou o prédio onde Silvye mora sem autorização e a agrediu com socos no rosto, além de chutes e tapas. As agressões teriam ocorrido na frente do filho da jornalista, de apenas 11 anos. Ricardo foi levado à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) por policiais do 9º BPM, de Goiânia.

Confira

Briga entre marido e mulher se mete a colher, sim!

Segundo o ditado popular, brigas entre casais devem ser ignoradas por terceiros. Mas, vale lembrar que muitos dos casos de violência doméstica, como o de Quesia Freitas, não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.

Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.

Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro.

Mas como denunciar violência doméstica?

Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.

Disque 180

O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.

Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

Delegacia da Mulher

Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.