JK Rowling é acusada de transfobia mais uma vez

Ela foi acusada de transfobia pela primeira vez em 2020, quando contestou um artigo que incluía "pessoas que menstruam", não apenas mulheres cis

A escritora JK Rowling está sendo acusada mais uma vez por transfobia. Desta vez, a autora do mundo de “Harry Potter” criticou a polícia da Escócia por permitir que pessoas suspeitas em casos de estupro possam se identificar como mulheres.

JK Rowling é acusada de transfobia mais uma vez
Créditos: Getty Images/iStockphoto
JK Rowling é acusada de transfobia mais uma vez

No último domingo, 12, Rowling compartilhou um artigo do “The Times of London” para criticar a decisão dos policiais. “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força. O indivíduo penalizado que estuprou você é uma mulher ”, escreveu a autora.

O artigo dizia que a polícia escocesa faria registro como mulheres as autoras de estupro se assim elas se identificassem, mesmo que não tivessem realizado a retificação de gênero nos documentos. Imediatamente, milhares de fãs da saga Harry Potter teceram críticas à autora, acusando-a de ter uma fixação doentia por transsexuais.

Ela foi acusada de transfobia pela primeira vez em junho de 2020, ao debochar de um artigo intitulado: “Criando um mundo pós-Covid 19 mais igualitário para pessoas que menstruam”. O termo “pessoas que menstruam” inclui homens trans e pessoas não-binárias, além de mulheres cisgênero.

Depois do episódio, Rowling foi criticada publicamente pela atriz Emma Watson e, mais recentemente, foi excluída de um especial da HBO que comemorava os 20 anos do primeiro filme da saga. Em entrevista para a Good Housekeeping em dezembro de 2020, a autora reforçou seu posicionamento e chamou a luta por direitos das pessoas trans de “ideologia da identidade de gênero”.

Na época, a autora disse que vê diferenças entre mulheres cis, as quais se identificam com o sexo biológico, e mulheres trans, que se identificam com o sexo oposto ao do que nasceram: “Se o sexo não é real, não existe atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, a realidade vivida pelas mulheres ao redor do mundo é apagada. Eu conheço e amo as pessoas trans, mas apagar o conceito do sexo impede a capacidade de muitos discutirem significantemente a vida deles, Não é ódio falar a verdade”.