Jornalista aparece diferente após retomada do Talibã no Afeganistão

Ela disse que viu colegas de profissão fugirem do local com medo de morrer

Desde o último domingo, 15, a jornalista inglesa Clarissa Ward, de 41 anos, correspondente da CNN no Afeganistão, está fazendo entradas ao vivo para dar as atualizações diárias sobre o que está acontecendo em Cabul. Ao decorrer da programação, as pessoas notaram a grande transformação das roupas da profissão de imprensa, que antes era vista com roupas mais casuais e neste momento está usando burca, entre outras vestimentas mais discretas.

Jornalista aparece diferente após retomada do Talibã no Afeganistão
Créditos: Reprodução/CNN
Jornalista aparece diferente após retomada do Talibã no Afeganistão

Em uma de suas entradas ao vivo, enquanto estava dentro de em um prédio, a jornalista afirmou que viu alguns colegas de profissão fugirem às pressas com medo da morte. O âncora americano da CNN, Brian Stelter, demonstrou preocupação com a repórter. No entanto, ela mesma o tranquilizou. “Está tudo bem, estamos bem”, disse ela.

Apesar do risco que está correndo, essa não é a primeira vez que Clarissa está a frente de coberturas complexas. Clarissa também já foi correspondente da CNN em Pequim, na China e Moscou, na Rússia.

Clarissa disse estar com saudades dos filhos e do marido, o conde alemão Philipp von Bernstorff. No entanto, esse reencontro ainda deve demorar um pouco. Sem ter ideia se voltará para casa, a jornalista tem sido vista por seus seguidores como uma heroína.

Vale ressaltar que talibãs não gostam da imprensa. O radialista sueco Nils Horner, a repórter canadense Michelle Lang e dois fotógrafos vencedores do prêmio Pulitzer, a alemã Anja Niedringhaus e o indiano Danish Siddiqui, são algumas das vítimas fatais de atentados nos últimos tempos.