Juliana Paes inicia campanha contra contratação de goleiro Bruno
Atriz criou a hashtag #meuidolonaoefeminicida e convidou outros famosos a se manifestarem
Juliana Paes usou seu perfil no Instagram, nesta sexta-feira, 10, para se posicionar sobre a possível contratação do goleiro Bruno por clubes de futebol, após sua saída da cadeia pela morte de Eliza Samudio, mesmo depois de ser condenado a 20 anos de prisão.
A atriz da Globo disse que se inspirou no vídeo da jornalista Jessica Senra, apresentadora da TV Bahia, que defendeu ao vivo a imoralidade de colocar um condenado por feminicídio em uma posição de ídolo. Ju Paes criou a hasthtag #meuidolonaoefeminicida e convidou outros famosos a se manifestarem.
“Jessica Senra me surpreendeu e me comoveu com a sua coragem, ousadia e inteligência ao defender seu posicionamento contra um clube de futebol que desejava contratar o goleiro Bruno, condenado por um crime bárbaro de assassinato à mãe de seu filho. Eu como mulher, e defensora da causa da violência contra a mulher, queria dizer que estou muito orgulhosa de você, Jessica . E queria convidar todos meus seguidores, pessoas e marcas, a verem o vídeo completo do seu discurso e compartilharem uma foto nos seus perfis com a hashtag #meuidolonaoefeminicida para que mais pessoas vejam essa história”, convocou.
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ENTENDA O CASO
Na última segunda-feira, 6, Jessica questionou a contratação de Bruno pelo clube Fluminense de Feira e disparou:
“A pessoa que cometeu um erro e já pagou por ele, em termos judiciais, precisa poder refazer sua vida. E, legalmente, não há nenhum impedimento para que ela exerça qualquer profissão que esteja habilitada. Mas, no caso do feminicida Bruno, e a profissão de atleta, isso é moral? Desejamos e precisamos que pessoas que cometem crimes tenham a possibilidade de refazer suas vidas mas, diante de um crime tão bárbaro, tão cruel, poderíamos tolerar que o feminicida Bruno voltasse à posição de ídolo? Que mensagem mandaríamos para a sociedade?”.
Bruno foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio, de 25 anos, mãe de seu filho. O crime aconteceu em 2010 e teve repercussão nacional.