Mãe de João Gabriel diz que ganhou terço e abraço da mãe de Krupp
Marina Cardim ainda contou que ouviu um pedido de desculpas da mãe de Krupp
Mariana Cardim de Lima, Mãe de João Gabriel Cardim Guimarães, morto atropelado pelo modelo Bruno Krupp, chegou à delegacia, nesta segunda-feira, 8, muito abalada e contou que ganhou terço e abraço da mãe de Krupp. As informações foram obtidas pelo portal G1 e pela TV Globo.
A mãe de Gabriel falou durante quatro horas. O depoimento precisou ser interrompido três vezes por Mariana ser tomada por forte emoção.
Segundo informações prestadas por Mariana à polícia, ela e a mãe de Krupp se encontraram poucas horas após o acidente, na porta do Hospital Municipal Lourenço Jorge, para onde ambos foram levados após serem socorridos pelos bombeiros.
- Exposição ‘Presépios de Hilda Breda’ está disponível até 11/01 em São Bernardo
- 5 praias baratas no Sudeste para curtir com pouco dinheiro
- Como não cair no golpe do falso Uber no aeroporto de Guarulhos
- Estudo revela como alimentos podem combater a perda de memória
Segundo Mariana, enquanto ela esperava por notícias do filho, que passava por uma cirurgia, a mãe de Mariana contou que, enquanto esperava notícias da cirurgia do filho, recebeu um abraço e um terço da, mãe de Bruno Krupp, Paula Christina Fernandes Moreira, lhe deu um abraço e um terço.
“Por volta das 2h30m do dia 31 de julho, passou por uma mulher, a qual estava chorando, e resolveu dar um abraço nesta mulher, quando ouviu desta: ‘Me desculpe’. Que, neste momento, percebeu que esta mulher era a mãe do motorista da motocicleta que atropelou seu filho, tendo, esta, inclusive, lhe dado um terço de oração”, diz trecho da declaração dada pela mãe de João Gabriel, na delegacia.
Mariana contou no depoimento que tentou acalmar João para ele não ver que estava sem perna. Mãe e filho rezaram juntos. Ele se acalmou e disse: Veja abaixo trechos do depoimento de Mariana, mãe de João Gabriel, atropelado por Krupp.
Momento do acidente
“Que atravessaram a primeira pista tranquilamente da avenida Lúcio Costa, passaram pelo canteiro central, e, no momento em que foram atravessar a outra, viram os faróis dos carros longe e parados no sinal; que no momento em que estavam atravessando a segunda pista, a declarante escutou um barulho de motocicleta muito alto e se assustou, tendo a declarante parado, mas como João Gabriel já estava próximo da calçada, correu para acessá-la, momento em que a motocicleta, em alta velocidade, atropelou seu filho.”
Sem saber que havia perdido a perna, João Gabriel tentou se levantar
“Que João Gabriel estava com o rosto muito assustado e tentou levantar por diversas vezes; que a declarante disse a João que este não podia se levantar e começou a conversar com ele fazendo com que não olhasse para baixo e dizendo. Que a declarante e João Gabriel começaram a rezar e seu filho disse: ‘Mãe, minha perna está doendo um pouco! A ambulância está chegando? ’; que a declarante e outras pessoas diziam que a ambulância estava chegando, e ela e João continuaram a rezar, tendo o jovem acalmado a declarante, dizendo: ‘Calma mãe! Vai dar tudo certo! Eu vou sair dessa!’”;
Abraço da mãe de Krupp
“Que a declarante suplicava para ver seu filho e, mesmo assim, não foi autorizada a entrar no hospital; que ficou esperando notícias de seu filho no interior do carro de seu primo Rodrigo Lima; que, por volta das 2h30m do dia 31 de julho, passou por uma mulher, a qual estava chorando, e resolveu dar um abraço nesta mulher, quando ouviu desta: ‘Me desculpe!’; que, neste momento, percebeu que esta mulher era a mãe do motorista da motocicleta que atropelou seu filho, tendo, esta, inclusive, lhe dado um terço de oração”.
Mensagem da família Krupp
“Que, por volta das 12h30 do dia 31 de julho recebeu mensagens via WhatsApp dos pais de Krupp, os quais já sabiam do falecimento de João Gabriel e prestaram sentimentos à declarante, dizendo que, caso precisasse de algo, estavam se colocando à disposição para qualquer problema; como a declarante está sob efeitos de remédios e tratamento, foi disponibilizado o contato de sua tia Debora Cardim para que entrassem em contato com a mesma, contudo, até o presente momento, não fora realizado qualquer tipo de contato.”
Raiva de Krupp
“Que a declarante disse que a morte de seu filho foi uma onda que devastou sua família, visto que todos são muito unidos e sentem demasiadamente a falta de João Gabriel; que, apesar de Krupp ter roubado a vida de seu filho e que deseja que este pague pelo crime que cometera, a declarante diz que não tem qualquer tipo de rancor ou raiva dele.”
Voltar para casa
“A declarante não teve condições psicológicas de voltar ao local do acidente e muito menos a sua residência, visto que tudo lembrava seu filho; que desde então, a declarante afirma que está morando na casa de uma de suas tias, não sabendo quando irá voltar para casa e se conseguirá voltar para esta.”
João Gabriel para a família
“Que João Gabriel era filho único de seus pais e único neto de ambos os lados da família; que mãe e filho eram os melhores amigos, e tinham o ‘hobbie’ de passar todo tempo em que estavam juntos vendo filmes e ‘maratonando’ séries; que João tinha alguns sonhos, dentre eles: tirar habilitação e comprar uma van para levar sua família (que é grande) para viajar; e ser programador e desenvolvedor de jogos digitais de RPG, inclusive estava fazendo curso de computação gráfica, aos sábados”.