Maria Flor recebe ameaças após criticar Bolsonaro

No YouTube, em uma clara hipérbole, ela falou que queria esfregar a cara do presidente no asfalto quente

Um vídeo publicado na terça-feira, 31, gerou polêmica e ameaças à vida de atriz Maria Flor. Ela e o marido, Emanuel Aragão, comentavam o passeio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no último domingo de março, em meio a crise do coronavírus.

Maria Flor disse, em tom de brincadeira, que “queria só poder pegar o Bolsonaro e esfregar a cara dele no asfalto quente”.

Aragão disse que era brincadeira e que não deveriam incentivar o ódio contra o presidente.

Bolsonaro contra isolamento

Depois do passeio do último domingo de março, Bolsonaro já declarou que está “com vontade” de editar um decreto na segunda-feira, 30, que permite aos profissionais voltarem ao trabalho, apesar das medidas de restrição de circulação tomadas por estados e municípios.

“Eu estou com vontade, não sei se vou fazer, baixar um decreto amanhã: ‘toda e qualquer profissão legalmente, existente, ou aquela que é voltada para a informalidade se for necessária para o sustento dos seus filhos, para levar o leite para seus filhos, arroz e feijão para sua casa, vai poder trabalhar’”, disse.

Ele ainda justificou sua saída naquele domingo afirmando que estava trabalhando e que é dever do presidente estar ao lado do povo. “Eu vou para o meio do povo. Quem me critica não vai. Duvido que vá”, reiterou. “O vírus está aí, Vamos ter que enfrentá-lo. Mas enfrentar como homem, pô! Não como moleque, Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida! Todos nós iremos morrer um dia.”

Segundo Bolsonaro, ele foi ao HFA para ver como estava o fluxo de pacientes de coronavírus na unidades, que era “quase inexistente”. No entanto, é importante ressaltar que o local atende apenas militares e o hospital referência em Brasília para tratamento da covid-19 é o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).