Pai de Bruno Krupp diz que atropelamento foi uma ‘batida inevitável’
O advogado do modelo confirmou que ele estava acima da velocidade, mas disse que a vítima “subitamente” surgiu na via
José Darcy Krupp Filho, pai de Bruno Krupp afirmou que o atropelamento causado pele filho foi uma “batida inevitável”. O modelo de 25 anos está internado no Hospital Marcos Morais, no Méier, zona norte do Rio de Janeiro, desde o último domingo, 31. O digital influencer atropelou e matou o jovem de 16 anos João Gabriel Cardim Guimarães,
José Darcy Krupp afirma ainda que o filho disse que estava pilotando a moto a aproximadamente 100 quilômetros por hora, ou seja, muito acima de velocidade máxima permitida para a região. No entanto, ainda é esperado o laudo da perícia.
“Meu filho acredita que dirigia a aproximadamente 100 quilômetros por hora, quando a vítima saiu atravessou para o meio da rua, fora da faixa de pedestres, e voltou, sendo a batida inevitável. Mas posso garantir que em momento algum ele se furtou a responder pelos seus atos, não fugindo do local nem se esquivando de prestar qualquer tipo de esclarecimento. No momento, ele se encontra hospitalizado, com suspeita de uma fratura em duas vértebras. Infelizmente, aconteceu um acidente, uma fatalidade. Nos solidarizamos a dor da família e estamos à inteira disposição para ajudar no que for necessário”, disse Krupp em entrevista ao site O Globo.
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Prisão de Bruno Krupp
Sem previsão para receber alta do hospital, Bruno Krupp é acompanhado por dois policiais militares do 3º BPM (Méier). No começo desta manhã, ele recebeu agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) para cumprirem o mandado de prisão preventiva decretada juíza Maria Isabel Pena Pieranti.
Na decisão, a magistrada, afirma que o jovem “não é um novato nas sendas do crime” e que sua liberdade “comprometeria a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza, podendo-se dizer que a medida visa também resguardar a sociedade de condutas que ele possa vir a praticar”. O despacho ainda menciona que ele já foi parado por agentes da Lei Seca três dias antes do acidente.
Segundo o pai do modelo, Bruno tinha saído de casa para jantar com a namorada, em um restaurante. O pai nega que o filho tenha ingerido bebida alcoólica.
Willian Pena, advogado de Bruno Fernandes Moreira Krupp, admitiu que o modelo estava acima da velocidade permitida, porém afirmou que a vítima “subitamente” surgiu na via, atravessando fora da faixa de pedestres. Ele deverá entrar com um habeas corpus para revogação da prisão preventiva:
“Ele disse que, segundos após dar uma arrancada com a moto, houve o choque. Mas o velocímetro ainda será avaliado pela perícia. Além disso, confirmou ter tirado a Carteira Nacional de Habilitação há cerca de 15 dias e que o veículo estava emplacado até o momento do acidente, quando a placa caiu. É importante frisar também que não houve dolo de matar e os eventos anteriores não são antecedentes lógicos do resultado final. Além disso, não há o que se falar em garantia da ordem pública justamente porque, em uma cidade com violência grave, um atropelamento não teria o condão de causar intranquilidade na sociedade”, falou.
Incialmente, Bruno estava sendo investigado por lesão corporal culposa provocada por atropelamento e falta de habilitação e proibição de dirigir veículo automotor, mas o registro foi aditado para homicídio doloso, já que a vítima morreu depois de dar entrada no Hospital Municipal Lourenço Jorge.