Pai de santo gay processa Porta dos Fundos e pede R$ 1 bilhão
O religioso pede que a produção saia do ar e diz que se sentiu 'ofendidíssmo' com a abordagem do polêmico especial de Natal
O pai de santo gay, líder do centro de umbanda Ilê Asé Ofá de Prata, Alexandre Montecerrathe entrou com um processo contra o Porta dos Fundos e pede na indenização o valor de R$ 1 bilhão em danos morais, além de exigir que o especial de Natal da produtora – que gerou polêmica com religiosos e a família Bolsonaro – seja retirado do ar. Com informações do colunista Lauro Jardim, de ‘O Globo’.
Lançado em dezembro de 2019 na Neflix, o especial de Natal do Porta dos Fundos faz uma sátira da ceia de natal ao longo do filme e Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, chega acompanhado do namorado, personagem vivido por Fábio Porchat.
Especial de Natal do Porta dos Fundos na Netflix revolta igrejas
- Suspeito de ataque ao Porta dos Fundos é extraditado da Rússia
- Em especial de Natal do Porta dos Fundos, Jesus encontra Deus em prostíbulo
- YouTube lança ‘Futuro Ex-Porta’, primeiro reality show do Porta dos Fundos
- Especial de Natal do Porta dos Fundos já tem plataforma para lançamento
Netflix vai ao STF para manter vídeo do Porta dos Fundos no ar
Para o pai de santo que é homossexual, o especial de Natal “a produção mencionada, traz o homossexualismo como uma chacota! Isso porque, não é o simples fato de trazer um personagem de Jesus homossexual que ofende, mas sim a forma de como aquele homossexual se comportou, o que foi, nitidamente, descomedida e abusiva. Isso porque, o próprio representante da Autora, é homossexual e, dessa forma, se sentiu ofendidíssimo, por todo o cenário que foi denegrido, eis que estamos tratando de religião, não é a particularidade da vida das pessoas, trata-se de uma questão milenar, a qual não tem como, de forma alguma, ser objeto de brincadeira”, afirmou à coluna de Lauro Jardim.
O processo foi aberto na 4ª Vara Cível de Madureira, no Rio de Janeiro, mas a juíza Sabrina Valmont já declinou competência para julgar o caso porque o endereço do Porta dos Fundos é da área de Foro Central da capital carioca. Com isso, a ação foi levada à 26ª Vara Cível e aguarda decisão do juiz Marcos Antonio Brito.