Partido de Bolsonaro erra identificação e Lollapalooza não recebe notificação
Com isso, as manifestações políticas dos artistas continuaram no festival musical e com a consciência de que não precisariam pagar por sua liberdade
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, identificou empresa errado ao pedir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a proibição de manifestações políticas no Lollapalooza. Depois de descobrir que erraram, a defesa do PL apresentou uma nova petição identificando a empresa certa.
No início da tarde do último domingo, 27, uma oficial de justiça foi até ao Lollapalooza Brasil Serviços de Internet Ltda que foi relatado na representação do PL, mas recebeu a notícia de que a pessoa apontada como administrador não tem mais escritório no lugar.
Depois, a mesma oficial foi até o Autódromo de Interlagos, onde o festival foi realizado. Lá, no entanto, recebeu a informação de que o Lollapalooza é organizado por outra companhia, a T4F Entretenimento.
Em seguida, os advogados do PL apresentaram uma nova representação ao TSE apontando a empresa correta.
“Estamos fazendo uma petição informando o CNPJ correto. No processo civil, o processo não acaba quando tem erro. Isso não muda a responsabilização do evento, não muda o descumprimento. Isso só muda o caráter de urgência, a tutela de urgência”, falou Caroline Lacerda, uma das autoras do pedido do PL, pouco antes de protocolar a nova representação.
A T4F Entretenimento apresentou recurso ao TSE, reafirmando que as outras empresas não são organizadoras do festival e que estava se apresentando “espontaneamente” e de “boa-fé”.
A decisão de vetar as manifestações foi do ministro Raul Araújo, que formalizou em documento que os artistas fizeram uma clara propaganda eleitoral (uma provável referência a Pabllo Vittar, que estendeu uma bandeira do ex-presidente Lula ou mesmo Emicida, que se referiu ao festival como “Lulapalooza”).