Velório de Guilherme de Pádua tem filas, aplausos e choro de ex-presidiários

A cerimônia foi restrita a familiares, amigos e membros da igreja. Nenhum artista esteve presente

O velório de Guilherme de Pádua aconteceu na manhã desta segunda-feira, 7, em São Cristóvão, zona norte de Belo Horizonte (MG) sob aplausos, choro de ex-presidiários e até filas para a despedida.

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Créditos: Reprodução/Instagram/O Tempo
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O assassino confesso de Daniella Perez, a atriz filha da autora Glória Perez se tornou pastor evangélico e foi velado no templo que o acolheu após deixar a prisão e onde ele pregava, na Igreja Batista da Lagoinha. Além de pastor, Guilherme de Pádua foi bolsonarista, stripper e ator de filme erótico.

As filas aconteceram mesmo o velório tendo acontecido com restrições de público. A cerimônia foi restrita a familiares, amigos e membros da igreja. Nenhum artista esteve presente.

De acordo com a Folha de S. Paulo, antes mesmo da abertura do velório, já havia uma fila na porta da igreja. Por volta das 10h30, cerca de 70 pessoas aguardavam para entrar.

O caixão de Guilherme de Pádua foi aplaudido quando deixava o velório. Ex-presidiários e pessoas em liberdade condicional que estavam presentes disseram que suas vidas foram transformadas pelo pastor.

O culto do velório foi ministrado por Márcio Valadão, que anunciou a morte de Pádua no domingo, pelas redes sociais e rindo.

O corpo será sepultado no cemitério Parque da Colina, ainda hoje.

Aos 53 anos, Guilherme de Pádua morreu na noite do último domingo, 6, em Belo Horizonte.

Daniella Perez foi assassinada com 18 perfurações no corpo em 1992, num crime brutal realizado por Guilherme e sua esposa, Paula Thomaz, que deram facadas no pescoço, pulmão e na região do coração da atriz. A filha de Glória Perez foi morta ao sair de uma gravação da novela “De Corpo e Alma”, da TV Globo. Ela estava em ascensão, fazendo muito sucesso com o público e ganhando cada dia mais espaço na trama escrita por sua mãe. Guilherme de Pádua interpretava Bira na mesma novela.

Na época, Guilherme de Pádua alegou que matou Daniella por “acreditar que seu papel estava sendo reduzido, enquanto a jovem ganhava destaque“.

O ator foi preso e cinco anos após o crime, condenado a 19 anos de prisão. Entretanto, em 1999, ele recebeu liberdade condicional após ter cumprido um terço da pena.