Prender o cabelo deixa careca? Conheça os perigos da ‘chuchinha’

Rabos de cavalo e coques muito apertados são vilões para as madeixas. Aprenda os jeitos ideais para amarrar seus fios!

27/08/2018 19:58 / Atualizado em 05/05/2020 11:46

Prender o cabelo é uma prática mais do que comum para quem tem os fios compridos e não consegue conciliar as madeixas caindo no rosto durante atividades rotineiras.

Em lugares onde o calor é frequente, amarrar as mechas passa a ser super recorrente, além de ser uma boa opção para variar o visual.

Contudo, não costumamos dar a devida atenção aos perigos decorrentes dessa ação quando realizada excessivamente, que pode comprometer a saúde e a beleza dos cabelos.

O problema não está nos rabos de cavalo ou coques, mas nas frequência e duração de uso, na força da amarração e no acessório escolhido para prender os fios. O peso e volume do cabelo também influenciam na intensidade dos danos, pois um penteado pesado gera uma tensão maior na raiz capilar.

Isso porque a tensão prolongada e repetida no couro cabeludo pode levar ao desenvolvimento da alopecia por tração, uma doença associada ao uso desenfreado de penteados apertados, que estimulam à quebra e perda excessiva dos fios, podendo reforçar à calvície.

Se você costuma pintar cabelo, alisar quimicamente e usar chapinhas, secadores ou modeladores de cachos, a atenção deve ser redobrada, pois todos esses processos enfraquecem ainda mais a estrutura dos fios, deixando-os vulneráveis a faturas mais significativas quando estão presos.

Além das mechas, o próprio couro cabeludo é afetado por rabos de cavalo, coques ou traças muito justas, afinal eles diminuem o fluxo sanguíneo na raiz capilar, o que pode retardar o crescimento do cabelo.

Manter o cabelo preso por muito tempo e da mesma maneira estimula a quebra e queda dos fios
Manter o cabelo preso por muito tempo e da mesma maneira estimula a quebra e queda dos fios - iStock | andreypopov

Prender o cabelo diariamente ou sempre do mesmo jeito gera uma maior queda, como é observado em bailarinas que são obrigadas a manter as madeixas em coque devido à profissão.

Outro crime para a saúde capilar é amarrar os fios antes de dormir, pois, além da tensão em si, os atritos da cabeça com o travesseiro estimulam a quebra.

Se as madeixas estiverem molhadas, o quadro se agrava ainda mais, já que a umidade deixa a fibra capilar sensível e mais suscetível à fratura.

Caso seja realmente necessário passar a noite de sono com as mechas presas, invista em tranças bem baixas e soltinhas, para amenizar os danos.

Prendedores elásticos, de silicone e as famosas “chuchinhas” são acessórios que devem ser abolidos da sua vida, porque criam atritos mais violentos entre os fios, gerando frizz e fraturas frequentes. Aposte em palitinhos de madeira, prendedores plásticos (as queridas piranhas), grampos, tiaras, lenços, fitas ou outras opções em tecido, que produzem tensões mais brandas e menos agressivas.

Se você realmente quiser amarrar as madeixas com um elástico por uma questão de praticidade, durante o período de trabalho ou na academia, procure prendê-las com a menor tração possível e com no máximo duas voltas do acessório, procurando alternar o penteado durante o dia para não comprometer a mesma região do couro cabeludo o tempo todo.

Na hora de tirar qualquer um dos prendedores, nada de pressa ou falta de paciência! Puxá-los rápido e de uma só vez compromete todo o cuidado com o cabelo feito até então. Tire-os com delicadeza e atenção, para não criar nós e, assim, mais quebras.

Penteados soltos e mais baixos são ideais para cabelos enfraquecidos
Penteados soltos e mais baixos são ideais para cabelos enfraquecidos - iStock | aleksandarnakic

Caso você se encontre em um quadro de quebras e perdas de fios considerável, não se desespere! Ainda existem soluções!

O primeiro passo é entender quais práticas da sua rotina prejudicam a saúde do cabelo e analisar como eliminá-las ou substituí-las.

Invista em máscaras capilares e dietas ricas em proteínas, para estimular a reconstrução e restruturação dos fios. Se os problemas persistirem, consulte um dermatologista para sanar eventuais dúvidas e iniciar um tratamento mais rápido e efetivo.