Pão faz mal? Mitos e verdades sobre seu impacto na alimentação

Nos últimos anos, muitos mitos têm circulado sobre esse alimento tão amado

10/11/2024 09:00

Brasileiros consomem 2,3 milhões de toneladas de pão francês por ano – robertohunger/Depositphotos
Brasileiros consomem 2,3 milhões de toneladas de pão francês por ano – robertohunger/Depositphotos

Ah, o pãozinho! Ele faz parte do cotidiano, marcando presença na mesa do café da manhã. Com suas diversas formas e sabores, como o famoso francês (que, na verdade, é brasileiro) e as opções doces, é realmente difícil escolher apenas um. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), o consumo anual desse alimento no Brasil é de aproximadamente 2,3 milhões de toneladas. Mas será que ele é realmente um vilão para quem busca uma vida mais saudável?

Afinal, pão faz mal à saúde?

Nos últimos anos, muitos mitos têm circulado sobre esse alimento tão amado. É comum ouvir que engorda, que é o responsável por problemas de saúde e que deve ser evitado a todo custo. No entanto, é hora de desmistificar essas afirmações e entender o seu papel na nossa dieta.

Para esclarecer essas dúvidas, a especialista Dra. Sylvia Ramuth, diretora técnica do Emagrecentro, rede referência nas áreas de emagrecimento e estética corporal, afirma que tem fatores essenciais para determinar se é um aliado ou um inimigo na busca por uma alimentação equilibrada, confira!

Pão engorda?

“Por si só, não é o único responsável pelo ganho de peso. Vale ressaltar que o sobrepeso e a obesidade ocorrem devido ao indivíduo consumir mais energia do que gasta, o que, quando feito a longo prazo, resulta em excesso de peso. Porém, os pães brancos são ricos em carboidratos refinados e açúcar, além de pobres em fibras e nutrientes. Portanto, quando ingeridos em maiores quantidades, podem, sim, atrapalhar o processo de emagrecimento”.

Causa inchaço em todas as pessoas?

“Embora algumas possam ser sensíveis ao glúten e, portanto, apresentar inchaço ou desconforto após o consumo, a maioria pode incluí-lo em sua rotina sem problemas. Para quem tem essa sensibilidade, existem opções sem glúten que podem ser uma alternativa viável,” orienta Ramuth.

É nutritivo?

“Os integrais, por exemplo, são geralmente mais saudáveis do que os feitos de farinha branca, pois são feitos com grãos inteiros e contêm mais fibras, vitaminas e minerais. Optar também por artesanais ou com menos aditivos pode ser uma escolha mais assertiva se esta a procura de um pão mais nutritivo,” afirma a especialista.

Ele deve ser evitado à noite?

“Evitar ou não o consumo à noite depende dos seus objetivos e do seu histórico pessoal. Não precisa necessariamente ser evitado à noite, mas é importante escolher o tipo certo (preferir integrais) e consumir com moderação, combinando com fontes de proteína e fibras para uma refeição mais equilibrada. Se o objetivo for controlar o peso ou a glicemia (açúcar no sangue, no caso de pacientes diabéticos), pode ser interessante reduzir os carboidratos no jantar. No entanto, o mais importante é o balanço da alimentação durante todo o dia, e é recomendável consultar um profissional de saúde para obter orientações adequadas”, explica Sylvia.

Além disso, ela fala sobre a importância de combinar ingredientes, como peito de peru ou frango grelhado, que são perfeitos para montar sanduíches quando acompanhados de folhas verdes e podem incluir vegetais como tomates, pepinos e cenouras. Outra opção deliciosa são os ovos, sejam cozidos ou mexidos, que são uma excelente fonte de proteína e ficam irresistíveis.