Giovanna Antonelli defende ‘Segundo Sol’ de acusação de racismo

Atriz justificou escolha de elenco branco para representar a Bahia

Emílio Dantas e Giovanna Antonelli

Giovanna Antonelli quebrou o silêncio e se manifestou a respeito das críticas sobre a escolha do elenco de “Segundo Sol”, trama que estreou na faixa das 21h da TV Globo na última segunda-feira, 14, que se passa na Bahia – estado brasileiro com a maior população negra – e tem apenas três atores negros na primeira fase.

Protagonista da novela de João Emanuel Carneiro, a atriz afirmou que o fato de atores brancos – majoritariamente do sudeste – terem sido priorizados na escolha do elenco não torna isso é um problema.

“Acho que a graça da profissão é a gente fazer o que a gente não é. Hoje, ali, vivendo na Bahia, fazendo um personagem baiano, todos que estão participando se sentiram tão baianos quanto um baiano e os admirando profundamente”, defendeu em entrevista ao “TV Fama”, da RedeTV!.

E completou: “Eu, como artista, ficaria muito triste de um dia não poder interpretar uma índia, por exemplo, porque eu não sou uma. Eu posso me caracterizar para aquilo”.

Giovanna aproveitou a situação para relembrar a polêmica do papel de Luís Melo em “Sol Nascente” (2017), em que o ator interpretava o japonês Kazuo Tanaka. Além do veterano, Antonelli também foi criticada por interpretar a filha adotiva dele na trama, em vez de uma atriz oriental.

“O Luís Melo, que não é um japonês, e ficou um barato, ele fez uma composição, não só da caracterização que fizeram nele, mas ele, como ator, teve uma dimensão de ir para um lugar que jamais imaginou. Ele virou japonês”, justificou.

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