Melhor Atriz Coadjuvante, Patricia Arquette ressalta igualdade de gênero no Oscar

Aplaudida por Meryl Streep, Patricia Arquette faz discurso feminista em Hollywood

Vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, Patrícia Arquette recebeu a estatueta pela interpretação em “Boyhood – Da infância à juventude”.

No palco, entre agradecimentos e aplausos, a artista de 46 anos aproveitou a oportunidade para chamar a atenção sobre a questão da igualdade de gênero no mercado profissional – e foi ovacionada “A todas as mulheres que deram à luz neste país, a todos que pagam impostos, nós temos que lutar por direitos iguais para todos. Está na hora de termos salários iguais de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”.

Patricia viveu a mãe solteira Olivia Evans em “Boyhood – da infância à juventude”
Patricia viveu a mãe solteira Olivia Evans em “Boyhood – da infância à juventude”

Com o papel de Olivia Evans, Patricia Arquette concorreu ao prêmio ao lado de Laura Dern (Livre), Keira Knightley (O Jogo da Imitação), Meryl Streep (Caminhos da Floresta) e Emma Stone (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)).

Muito mais que vestido, penteados e dietas

Antes mesmo da premiação do último domingo, consagradas atrizes de Hollywood como Cate Blanchett, Julianne Moore e Emma Stone tem manifestado repúdio contra o que consideram demonstrações de machismo diante de entrevistas que só abordam questões sobre vestidos, penteados e dietas.

Neste contexto surgiu a campanha #AskHerMore ou “Pergunte mais a ela”, popularizada pela comediante Amy Poehler, apresentadora da última edição do Globo de Ouro. Divulgada em premiações recentes pelo site “The Daily Share”, a ideia é estimular perguntas que não se limitem ao visual das atrizes e outros questionamentos irrelevantes, propondo perguntas mais construtivas.

Com a campanha, novas perguntas foram organizadas como: “qual era seu plano B se fracassasse como atriz?”, “qual o melhor conselho que você recebeu?”, “que papel feminino você sonha em interpretar?”, ajudando, assim, a desconstruir o padrão de entrevistas sempre pautadas por questões estéticas.