Boatos circulam nas redes em meio à greve dos caminhoneiros
Com informações da BBC Brasil
Em meio ao quinto dia da greve dos caminhoneiros, notícias falsas têm circulado nas redes sociais e aumentado o pânico da população em relação ao abastecimento. A paralisação provocou uma corrida aos postos de gasolina e a divulgação de informações sobre uma possível falta de alimentos nos mercados.
Gravações que circulam em grupos de WhatsApp sugerem às pessoas que “se previnam”. “Olá, pessoal, aqui quem fala é o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil. Quero falar para vocês se prevenirem, avisem suas famílias, vão no mercado, comprem comida, abasteçam seus carros, se previnam. Vai trancar tudo. A guerra está começando. Greve já”, diz o áudio.
No entanto, de acordo com informações da BBC Brasil, o conteúdo é falso: não existe um “Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil” e, mesmo que a paralisação cause impactos na distribuição de combustível e produtos, ainda não há a necessidade de estocar alimentos a longo prazo.
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Em entrevista ao veículo, Maurício Lima, sócio-diretor da consultoria Ilos, especializada em logística e distribuição, explicou que o fornecimento em grandes cidades como São Paulo tende a se normalizar muito rapidamente após o fim da greve.
“O estoque não fica mais na loja. Então, uma falta de combustível pode gerar uma certa escassez momentânea, mas assim que a greve acabar, o retorno dos produtos às gôndolas também é imediato, porque não depende da indústria. O estoque já está lá”, afirmou Lima.
Além disso, uma corrida a supermercados e postos de gasolina pode acabar piorando a situação dos próprios consumidores, pois aumenta os preços e piora a escassez. Caso muitas pessoas corram aos mercados ao mesmo tempo, é maior a chance do desabastecimento realmente acontecer.
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