Depoimento sobre o Dia das Crianças de uma família real viraliza
“Mas você deixa seu filho comer isso?”; “Jura que não fizeram nada de especial no Dia das Crianças?”. Comentários como estes fazem parte das conversas de muitas famílias, afinal, mães e pais estão sempre avaliando o comportamento alheio em relação à criação dos filhos, mesmo sem perceber. Mas afinal, cuidar do desenvolvimento pleno de uma criança é responsabilidade de quem?
Com humor e uma dose extra de realidade, um depoimento fez sucesso nas redes sociais nesta quinta-feira pós-Dia- das-Crianças. É o relato de Luiza Diener, do blog Potencial Gestante. O texto narra como foi o dia 12 de outubro na casa da família, contrapondo dois cenários. Um ótimo exemplo de “Expectativa x Realidade”.
O texto traz à tona as angústias de uma mãe e um pai reais, em busca da melhor criação para os filhos – uma cotidiano em que, muitas vezes, a realidade toma conta da expectativa, e nem sempre o plano de um dia ideal com os pequenos sai como o desejado.
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Nos comentários, dezenas de pessoas se identificam com a situação e relatam suas próprias questões, como o desemprego de uma delas, que impediu a troca de presentes. No trecho abaixo, Luiza fala sobre a dificuldade de dar conta de três crianças ao mesmo tempo.
“Improvisei uma macarronada pro almoço revezando lupita entre meu colo e o cadeirão (ela, debaixo de lágrimas). enquanto cozinhava, sansa teve dor de barriga, benjoca me chamava a cada minuto pra ver a nave que estava fazendo e eu surtava outra vez porque “sou a única nessa casa que faz de tudo pelos outros mas ninguém faz nada por mim”.
Além disso, o relato levanta também a questão da individualidade ainda tão presente na sociedade quando o assunto é a criação de uma criança. No lugar de entendermos a educação como um dever que passa por toda a sociedade, depositamos essa responsabilidade apenas nos pais, desconsiderando que todos fazemos parte de um mesmo contexto de dificuldades – mercado de trabalho desigual, falta de tempo, imprevistos financeiros, entre outros.
Combater o julgamento entre as famílias e entender que uma infância com direitos básicos garantidos é um dever completo e que deve ser compartilhado é uma das formas de alcançar as mudanças que queremos.
Clique aqui para ler o depoimento na íntegra.