Exercer a parentalidade de uma criança negra configura uma responsabilidade dupla: além de dar afeto, educação e segurança, os pais ou cuidadores precisam também protegê-las contra o racismo – seja acompanhando de perto suas vivências na primeira infância ou dialogando abertamente sobre como combater o preconceito, quando já são maiores.

A atriz Giovanna Ewbank sente essa responsabilidade na pele. Mãe da pequena Titi, ela desabafou, em entrevista à Cosmopolitan Brasil, que a maternidade transformou sua percepção sobre o racismo e a deixou em alerta constante.

“Está sempre no meu radar”, disse a mãe de Titi, sobre o racismo.

“Agora tudo mudou, isso fica o tempo tempo no meu radar. Quando chego a um restaurante, não entro, sento e simplesmente como. Entro, vejo quantos negros estão sentados e quantos estão servindo as pessoas”, disse.

Ciente dos privilégios de que desfruta por ser branca e de classe social favorecida, a atriz chama atenção para o fato de que o racismo é estrutural, e por isso é um problema comum a toda a sociedade.

“Tudo ficou muito diferente depois que minha filha chegou. Quero que todo mundo se dê conta do que é a questão racial no Brasil e no mundo”, defendeu.

O que as bonecas da Titi nos ensinam sobre representatividade