O que as bonecas da Titi nos ensinam sobre representatividade

A atriz Giovana Ewbank compartilhou em seu Instagram as fotos preferidas de sua filha, a pequena Titi. São bonecas negras, feitas de pano, usando roupas parecidas com as que a menina costuma aparecer em público.

As bonecas de pano da pequena Titi, de três anos, filha de Giovana Ewbank e do ator Bruno Gagliasso.

Não fosse pelo que está por trás dessa imagem, seria apenas mais um alvoroço de famosos. Porém, as bonecas de Titi simbolizam uma questão maior: a representatividade.

Ao mostrar para o mundo que a pequena escolhe como favoritas bonecas que se parecem com ela – no cabelo, na pele e na roupa -, a questão que fica latente é a importância de estar atento aos modelos de comportamento que oferecemos às crianças.

O casal enfrenta na Justiça crimes de racismo contra a menina sofridos na internet.

De acordo com levantamento da ONG Avante sobre a oferta dessas bonecas na internet, entre os meses de abril a julho, de um total de 1.945 modelos de bonecas encontradas, apenas 131 eram negras. A matéria completa sobre a pesquisa pode ser lida aqui.

Não por acaso, este é um assunto que aparece com bastante por aqui, clique aqui para ler algumas que já foram publicadas.

Por que escolher bonecas que representem o que cada criança é

Em 2015, o Catraquinha conversou sobre o assunto com a educadora Nina Veiga, em que ela pontua o peso que pode ter para a criança ter que se adequar a uma boneca que não a represente.

“Quando a boneca é parecida com os adultos, temos que nos perguntar com que tipo de adulto ela se parece. Isso é um é um valor. Eu não posso  dizer qual valor é bom ou ruim, mas eu tenho que colocar isso em questão. Tenho que me perguntar:  ‘o que está a boneca pronta está transmitindo para o meu filho?'”, defendeu.

Leia mais: