‘Confissões de um pai sem paciência’: os tabus de criar filhos

11/01/2017 19:11

“Conversando com alguns pais e mães, descobri que surtos de raiva ou falta de paciência são um tabu. Pouca gente fala, mas todo mundo passa e é uma das coisas que mais geram culpa e inércia na busca de ser um pai ou uma mãe melhor”

Assim começa o relato pessoal do pai blogueiro Hillan Diener, do site Potencial Gestante. No texto, ele levanta uma discussão sobre os tais dias em que o “sangue ferve” e a paciência vira artigo de luxo.

Em tom bem humorado e realista, o relato exemplifica como essas situações pontuais em que “as crianças querem tudo e querem agora” podem fazer com que os pais se culpabilizem e questionem sua autoridade ou capacidade de educar.

Hilan tem 35 anos e é casado há dez com Luíza Diener. Juntos, eles têm três filhos e mantém o site Potencial Gestante, especializado em informação para empoderar mães e pais.
Hilan tem 35 anos e é casado há dez com Luíza Diener. Juntos, eles têm três filhos e mantém o site Potencial Gestante, especializado em informação para empoderar mães e pais.

“No caminho fiquei pensando: que merda que tá acontecendo comigo? Como eu virei essa merda de pai, de marido, de homem? Eu era um cara legal, engraçado e muito divertido. Eu era um tio legal, gostava de brincar/ouvir as crianças, seu sempre tentei evitar brigar com as pessas e hoje eu sou esse pato donald do demônio que sai gritando e bufando fogo pelas ventas! o que aconteceu comigo?”

Hillan identifica como principal motivador dessa falta de paciência a rotina atribulada que proporciona muito pouco tempo livre tanto para os pais quanto para as crianças. No relato, ele reconhece que a solução para isso, é claro, tem que partir dos adultos. Afinal, se muitas vezes passa pela cabeça dos pais que as crianças são egoístas e sem empatia, é preciso não perder de vista que os pequenos ainda estão aprendendo a elaborar o que sentem.

“O que me faltou foi empatia com elas, olhar pelos olhos delas e compreender que eu levei uma vida inteira para chegar em algum nível de maturidade. Imagina para elas, que mal sabem nomear os sentimentos… é uma cobrança louca esperar que elas me entendam, certo?”

Leia o depoimento completo aqui.

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