Projeto identifica os ‘reis da gambiarra’ em favelas cariocas

Um projeto batizado de “Gambiarra Favela Tech” foi criado para localizar jovens de bairros da periferia do Rio de Janeiro que têm vocação para fazer “gambiarras” ou “engenhocas”.

A ideia é estimular o potencial criativo e artístico desses jovens colocando-os em contato com conceitos básicos de matemática, eletrônica, elétrica e física. O projeto é uma parceria entre o laboratório de inovação Olabi, a ONG Observatório de Favelas, a Fundação Ford e o MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Os 12 selecionados para o projeto tiveram que provar suas habilidades, que vão desde aptidões para montar e desmontar computadores, consertar ventiladores, desenvolver sistemas e criar softwares de código aberto.

“Alguns vêm de uma situação social mais vulnerável, outros nem tanto, mas todos são moradores de favela ou periferia. É interessante ver como muitos deles dizem ser chamados de ‘malucos’ por pegarem coisas do lixo para montarem suas traquitanas, mas aos poucos vão dando um valor de engenharia e arte a isso, aumentando a autoestima e vendo que podem chegar a resultados surpreendentes”, conta o artista digital Ricardo Palmieri, que ministrou oficinas para os jovens, ao site “BBC Brasil“.

Cada um dos jovens recebeu uma bolsa de R$ 500 para custear as despesas de transporte e alimentação.

“A gambiarra é essa coisa de teste mesmo. Você junta uma coisa com a outra e vai vendo no que dá, é instintivo”, conta Pamella Magno Braga, uma das jovens escolhidas para participar.

Com esse projeto, os organizadores pretendem impactar o futuro desses jovens, potencializando suas capacidades e abrindo novas oportunidades.

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