Ciclistas entram com ação contra decisão de Doria nas marginais
O aumento da velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê vai entrar em vigor na próxima quarta-feira, dia 25 de janeiro
A “Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo” (Ciclocidade) entrou nesta quinta-feira, 19, com uma ação civil pública para barrar o aumento das velocidades máximas nas marginais Pinheiros e Tietê, que será colocado em vigor na próxima quarta-feira, 25.
O pedido do “Ciclocidade” é baseado no fato de que a Prefeitura não deu garantias de que a medida não coloca em risco a vida de quem circula pelas vias. O processo correrá na 4ª Vara de Fazenda Pública – Foro Central e pode ser acompanhado pelo link.
Na ação, a associação dos ciclistas solicita: a suspensão da mudança; a apresentação de estudos técnicos que justifiquem a revisão dos limites máximos de velocidade; que o programa “Marginal Segura” seja discutido no Conselho Municipal de Trânsito e Transporte; e que sejam realizadas audiências públicas sobre o tema.
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A velocidade será aumentada para 90 km/h, 70 km/h e 60 km/h nas pistas expressa, central e local das marginais, respectivamente. A mudança foi anunciada durante a campanha do prefeito João Doria e as novas placas já começaram a ser instaladas. O programa tem o nome de “Marginal Segura”.
“Não dá para testar programas desse porte em vidas humanas. Quando o presidente da CET fala do programa ‘Marginal Segura’, considera melhorar a fluidez do tráfego e o número de veículos, mas ignora a possibilidade de atropelamentos e colisões que vão ocasionar lesões corporais e mortes”, afirma Rene Fernandes, diretor da Ciclocidade.
Dados da CET divulgados em outubro de 2016 mostraram que a quantidade de acidentes fatais caiu 52% nas marginais Pinheiros e Tietê após a redução da velocidade na gestão de Fernando Haddad (PT).
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15 minutos?
Nesta quinta-feira, 19, o secretário municipal de Transportes, Sérgio Avelleda, disse que os motoristas vão economizar 15 minutos para cruzar os cerca de 47 km das marginais Tietê e Pinheiros com o aumento da velocidade. A informação foi divulgada em reunião do Conselho de Transportes da cidade.
O número divulgado é superior aos 4 minutos que os motoristas haviam perdido com a redução das velocidades em 2015, segundo técnicos da gestão do prefeito Fernando Haddad. De acordo com o “Ciclocidade”, o dado dos 15 minutos é equivocado.
“Para ganhá-los [os 15 minutos], esses mesmos motoristas teriam que desrespeitar as velocidades permitidas tanto nos limites atuais da via expressa (70km/h) como nos pretendidos (90km/h), uma vez que a diferença de tempo para quem trafega dentro das duas máximas permitidas soma 9 minutos”, ressalta a associação.
Confira o texto publicado pelo “Ciclocidade”: