Com diminuição de velocidade, Nova York melhora o trânsito e diminui acidentes

O jornal Valor Econômico publicou dados que mostram como está sendo a experiência da campanha “Vision Zero”, implementada desde 2009 em Nova York, com o objetivo de zerar o número de mortes no trânsito por meio da diminuição de velocidade em vias urbanas. Leia a matéria:

A imagem de uma Nova York de trânsito caótico e pedestres atravessando perigosamente no meio dos carros não é mais o cartão postal da mais agitada metrópole do mundo. Um rigoroso controle da velocidade dos veículos, reforçado por campanhas que valorizam a vida e a saúde das pessoas, vem derrubando abruptamente o número de acidentes nas ruas.

O mais surpreendente é que a redução de velocidade, em lugar de criar engarrafamentos, reduziu o tempo de viagem em 15%, derrubou em 63% o número de motoristas e passageiros feridos e em 35% a porcentagem de pedestres vitimados. Hoje, o número de mortes no trânsito de Nova York é seis vezes menor que o de São Paulo.

Com mais de 12 milhões de habitantes, São Paulo tem uma média de 22 mortes no trânsito a cada cem mil moradores. Nova York, com 8,3 milhões de pessoas, tem 3,3 por mortes nas ruas e avenidas por 100 mil habitantes. Os animadores números nova-iorquinos ainda são considerados altos. O que levou as autoridades a iniciar, no ano passado, a campanha “Vision Zero” com o propósito de literalmente zerar o número de mortes na cidade.

A queda nos índices e o objetivo radical não são fantasias, mas resultados ainda iniciais de um programa criado pelo ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, ainda em 2009. Hoje, a iniciativa é patrocinada pela fundação Bloomberg Philanthropies e se fundamenta em cinco áreas, entre elas a saúde pública, a educação e o meio ambiente, além da redução de velocidade.

A proposta vem dando tão bons resultados que a Bloomberg está financiando, desde abril, dez cidades de cinco países para serem foco do programa Iniciativa Global para a Segurança Viária. Entre essas estão São Paulo e Fortaleza.

As informações são do Valor Econômico