Governo exonera presidente da Funai após ataques contra indígenas
Antônio Costa deixa o cargo em um momento conturbado das políticas para os indígenas no país
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Fernandes Toninho Costa, foi exonerado do cargo pelo governo federal, conforme publicou o “Diário Oficial da União” nesta sexta-feira, dia 5. A exoneração foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e ainda não foi escolhido um substituto.
No último final de semana, um conflito agrário no Maranhão deixou ao menos dez pessoas feridas, entre índios da etnia Gamela e fazendeiros. Após o caso, Costa disse que a situação “fugiu ao controle” da Funai.
Segundo o ex-presidente, outras questões impossibilitam o acompanhamento de todos os pedidos de demarcação de terras indígenas protocolados no órgão, como o corte de 44% no orçamento e a “mão de obra escassa”.
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Durante a semana, em uma coletiva no Palácio do Planalto, o Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, afirmou que a troca do presidente da Funai dependeria da decisão de “coalizão partidária” que garantiu a nomeação – Costa foi indicado pelo PSC.
De acordo com informações do G1, o ex-presidente declarou pelo WhatsApp que foi exonerado por ser honesto, por não ter compactuado com malfeitos e por ser um “defensor da causa indígena” submetido a um ministro “ruralista”.
Já no Palácio do Planalto, a informação é de que ele foi exonerado por ineficiência ao longo do período à frente do cargo.
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