6 dicas para viajar com segurança (e mais 3 para caso algo dê errado)

De arrumar as malas até ligar o farol, fique atento na hora de curtir as férias de carro – senão você pode nem chegar lá

Segundo a Organização Mundial de Saúde, de cada 100 mil brasileiros, 18 morrem todo ano em acidentes de trânsito. No final de ano, quando muitos motoristas caem na estrada, é preciso ainda mais atenção para que esse número não aumente.

Separamos abaixo algumas dicas para quem está pensando em viajar. Confira com atenção.

1. Cuidados básicos

Todos os detalhes contam, como arrumar os retrovisores para ter um ângulo de visão maior.

Faça todas as revisões do veículo nos prazos previstos. Marcar na agenda ou em um calendário ajudam a não perder datas importantes

Não se esqueça de conferir a posição dos retrovisores a cada viagem. Maiores ângulos de visão reduzem os pontos cegos

O cinto de segurança é um item indispensável e reduz drasticamente o número de vítimas fatais em acidentes. O cinto pode evitar, por exemplo, que o motorista seja jogado contra o para-brisa em caso de impacto;

Nunca fale ao celular quando estiver dirigindo. Essa ação reduz a atenção e a capacidade de tomar decisões rápidas.

2. Arrumando o carro

Nunca carregue o compartimento de bagagens com peso acima da capacidade do veículo. Procure distribuir os itens, conforme seu peso e tamanho, garantindo equilíbrio ao automóvel.

Evite que os objetos transportados fiquem soltos (em uma freada eles podem atingir os ocupantes ou provocar danos ao carro) e ultrapassem o limite do compartimento de bagagem, impedindo a visibilidade do motorista. Tenha essa preocupação mesmo que seu carro seja uma perua ou picape. Isso evita que o carro fique instável e ainda ajuda a manter a média normal do consumo de combustível.

3. Dirigindo na chuva

Estradas molhadas (e mesmo ruas) exigem sempre maior atenção do motorista, já que ficam escorregadias. Com chuva mais intensa, o carro da frente vai levantar uma cortina de água, atrapalhando ainda mais a visão. Reduza a velocidade, não dê guinadas bruscas no volante, acenda os faróis, aumente a distância em relação ao veículo que trafega à sua frente e não freie de forma abrupta. É mais seguro pressionar o pedal do freio progressiva e suavemente.

Se possível, desvie de áreas com maior acúmulo de água para evitar o efeito da aquaplanagem. Ao frear a 80 km/h e com pista seca, um veículo geralmente percorre 30 metros até parar. Com pista molhada, essa distância passa a ser de 45 metros ou mais.

4. Cuidado nas curvas

Algumas situações exigem atenção redobrada, como escuridão, chuva ou neblina.

Ao se aproximar de uma curva, deve-se frear antes, desacelerando o carro. Tente aumentar seu raio de curva, ficando o mais possível do lado oposto (se a curva for à direita, posicione o carro bem à esquerda, sem invadir a outra faixa; aproxime-se do acostamento se a curva for para o outro lado), até que comece a entrar nela. Só então retome a aceleração de forma gradativa, deslocando o carro para o centro da pista. Isso ajuda a dar mais aderência ao veículo.

Não faça a curva dando golpes bruscos no volante. Vire a direção com suavidade até o ângulo certo e nunca freie no meio da curva. O carro pode derrapar ou até capotar se as rodas travarem. Se entrar rápido demais, tire o pé do acelerador e reduza a marcha, mesmo que o motor suba de rotação. Apenas nessa situação, com maior controle do carro, você poderá usar moderadamente o freio.

5. Pegando a estrada à noite

Guiar à noite requer maior concentração e menor velocidade. As luzes dos veículos na direção contrária podem atrapalhar a visão. Leve em conta que trafegar à noite dá mais sono ainda em quem já está cansado. Evite manter os olhos em um ponto fixo. Use as faixas ou os olhos de gato de marcação das pistas como referência. Se não houver nenhum tipo de sinalização ou não conhecer a estrada, mantenha uma distância maior e utilize as luzes traseiras do carro que estiver à sua frente para se guiar. Assim você poderá saber com antecedência o sentido das curvas, por exemplo.

Nunca use farol alto quando houver veículos na sua frente ou vindo na direção contrária. O farol de milha, de longo alcance, é bastante útil. Ele produz um facho estreito de luz branca, como a projetada por um spot de teatro, que pode alcançar até 500 metros de distância.

6. Enfrentando neblina

Durante o dia ou à noite, o perigo da neblina é o mesmo, dificultando a visibilidade do motorista. Trafegue em baixa velocidade e mantenha distância ainda maior em relação ao carro da frente. Evite fazer ultrapassagens, acenda os faróis baixos e, se tiver, os especiais para neblina. Nunca utilize farol alto. A luz reflete nas gotículas responsáveis pelo nevoeiro, voltando para os olhos do motorista. Ou seja, a luminosidade do farol alto bate de frente com a névoa branca da neblina, impedindo que se tenha a visão do que está à frente.

Para esse caso, há o farol de neblina, que pode ter cor branca (melhor) ou amarela e tem um facho mais curto e mais largo, atingindo as laterais da estrada, e alcance entre 10 e 15 metros. Ilumina até 30 cm acima do solo, porque é a partir dessa altura que a neblina normalmente se forma. Use as marcações da pista ou as luzes traseiras do carro à frente como referência do caminho a seguir.

Via Quatro Rodas.

Em caso de acidente, saiba o que fazer

1. Mantendo a calma

Não é má ideia ter um kit de primeiros socorros no carro, mesmo que  se faça de tudo para nunca usá-lo.
Créditos: Huntley Photography
Não é má ideia ter um kit de primeiros socorros no carro, mesmo que  se faça de tudo para nunca usá-lo.

Avalie o local antes de fazer qualquer coisa. Pare seu veículo em local seguro, mais ou menos 30 metros, sinalize usando triângulo, galhos de árvores, ligue o pisca-alerta, etc. Ilumine o local com lanterna ou luz do veículo, jamais use fósforo ou uma chama de fogo exposta.

Se for necessário intervir, coloque as luvas de procedimentos médicos (de borracha). Não remova ninguém, a não ser que haja perigo de incêndio, pois as pessoas podem estar com algum membro quebrado, o que prejudicaria mais o seu estado de saúde. Se houver alguma vítima do acidente pelo cinto de segurança, e ele estiver emperrado, corte-o.

Ficar calmo é essencial. Procure agir bem e rápido, mas não com pressa. Procure inspirar confiança, afaste os curiosos e evite comentários trágicos sobre o estado das pessoas machucadas ou feridas. Geralmente as que estão em situação pior não são aquelas que gemem e gritam de dor e sim as que ficam caladas em seu cano ou que estão desacordadas. A pessoa que necessita de ajuda rápida é a pessoa que pode morrer nos próximos instantes, a não ser que seja socorrida imediatamente.

2. Socorrendo a vítima

Inicialmente, é preciso ver se a pessoa está respirando, e cuidar para que ela continue respirando. Se a vítima estiver consciente, pergunte o que ela está sentindo e observe possíveis hemorragias. Em hipótese alguma dê líquidos à vítima, e só encoste em ferimentos se for para evitar grande perda de sangue.

Adote o procedimento adequado segundo o tipo de ferimento observado. Lembre-se, omissão de socorro, além de ser uma irresponsabilidade, é crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 304.

3. Transportando a vítima

O transporte deve ser feito de maneira cuidadosa, pois pode piorar o estado da vítima ou agravar seu ferimento se não for feito com a devida atenção.

Antes de remover um paciente esteja certo de que seu estado em geral está bom. Por exemplo: que não esteja com hemorragia, com algum membro quebrado, em estado de choque, etc.

Não eleve a vítima sem que ela esteja apoiada. O corpo deve estar reto, a cabeça protegida e o pescoço imobilizado. A movimentação e o transporte devem ser feitos por meio de maca ou de uma improvisação, com cobertores ou tábua.

Procure um médico imediatamente .

Via Detran-PR.