Brasileiras tomam anticoncepcional de forma errada, diz pesquisa
Quem nunca esqueceu a hora de tomar o remédio ou, no caso das mulheres, já deixou de tomar a pílula anticoncepcional por um ou mais dias?
Uma pesquisa mostrou que, o aumento de informações que recebemos a cada dia, além da vida atarefada, pode impactar no estresse. E é justamente ele que nos faz esquecer tarefas comuns, como tomar a pílula.
O estudo, realizado pela Bayer, em 2016, acompanhou especificamente jovens que fazem uso de anticoncepcionais em nove países: Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Irlanda, Itália e México. No Brasil, a empresa contou com apoio do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).
- América Central: 5 países para incluir na sua próxima viagem
- Férias com crianças a 40 minutos de São Paulo
- Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
- Como reconhecer a deficiência de vitamina K e seus efeitos no corpo?
O levantamento mostrou que as brasileiras são as que mais se esquecem de tomar pílula. Enquanto a média mundial de esquecimento ficou em torno de 39%, no Brasil, 58% delas apontaram esquecimento pelo menos uma vez no último mês e 89% relataram ter feito o mesmo no último ano.
Outro problema – que favorece o esquecimento e pode diminuir a eficácia de prevenção da gravidez – é não tomar o anticoncepcional em horários regulares, 58% disseram que tomam a pílula em horários diferentes e quase 40% não achava que esse cuidado é necessário.
Um dado preocupante é que, boa parte das mulheres – em todos os países pesquisados- deixa de usar preservativo quando começam a tomar a pílula, não levando em conta o fator de proteção contra DSTs que só a camisinha tem. Entre as brasileiras, apenas 6% combinam os dois métodos anticoncepcionais.
Responsabilidade na prevenção também deve ser do homem
A Coach de Saúde Integrativa da Mulher Melissa Setubal, fala sobre a importância de compartilhar a responsabilidade da contracepção com os homens.
“Infelizmente, não é comum ser ensinado aos meninos a terem responsabilidade sobre a própria fertilidade, uma vez que a sociedade culturalmente reforça com displicência e condecedência as atitudes inconsequentes e comportamentos impulsivos deles desde crianças”, afirma.
Ela aponta que a resistência muito grande em usar a camisinha pode ser uma das consequências dessa falta de conscientização.
É importante que o parceiro, assim como a mulher, contribua para o uso correto dos métodos contraceptivos, ajudando inclusive a lembrar horários e dividindo os custos dos métodos anticoncepcionais.