Conheça os tipos de dor de cabeça e saiba se você tem algum deles

Existem mais de 200 tipos de dores de cabeça, sendo a enxaqueca a mais prevalente - principalmente entre as mulheres

Alguns tipos de dores de cabeça podem indicar doenças graves
Créditos: MarsBars/istock
Alguns tipos de dores de cabeça podem indicar doenças graves

Dores de de cabeça podem ocorrer em um ou em ambos os lados da cabeça, serem isoladas em determinada localização, irradiarem pela cabeça de um ponto ou a outro, serem latejantes ou provocar uma sensação de dor surda.

Pelo menos 63 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeça frequentes. De acordo com o site Minha Vida, parceiro da Catraca Livre, existem mais de 200 tipos de dores de cabeça, com causas e sensações bem diferentes. A enxaqueca é a mais comum delas, principalmente entre as mulheres. Confira abaixo os tipos de dores de cabeça:

Cefaleias primárias

Uma dor de cabeça primária é causada por problemas com hiperatividade ou a partir de estruturas sensíveis à dor em sua cabeça. A cefaleia primária não é um sintoma de uma doença subjacente – ou seja, a dor é o mal por si só. Entre os gatilhos para cefaleias primárias estão atividade química cerebral alterada e os nervos ou vasos sanguíneos de seu crânio contraídos ou os músculos da cabeça e pescoço contraídos. A dor de cabeça também pode ser causada por uma combinação desses fatores. Algumas pessoas podem carregar genes que os tornam mais propensos a desenvolver essas dores de cabeça.

As cefaleias primárias mais comuns são:

  • Cefaleia em salvas
  • Enxaqueca e enxaqueca com aura

Cefaleias secundárias

As cefaleias secundárias precisam de atenção, pois são decorrentes de outros problemas de saúde. Existem diversas condições que podem causar dor de cabeça, a depender da gravidade do problema. Fontes de cefaleias secundárias incluem:

  • Sinusite aguda
  • Coágulo de sangue (trombose venosa) dentro do cérebro
  • Aneurisma cerebral
  • Cérebro com malformação arteriovenosa ou uma formação anormal de vasos sanguíneos do cérebro
  • Tumor cerebral
  • Intoxicação por monóxido de carbono
  • Síndrome de Arnold-Chiari (malformação rara e congênita do sistema nervoso central)
  • Concussão
  • Desidratação
  • Problemas dentários
  • Otite
  • Encefalite
  • Arterite (inflamação do revestimento das artérias)
  • Glaucoma

Tratamento

Descanse em um local escuro e silencioso

Durante uma crise o paciente não suporta ambientes barulhentos e com muita luz, podendo esses fatores serem até mesmo desencadeantes do quadro. A pessoa com dor de cabeça pode ter anomalias neuroquímicas que tornam o seu cérebro mais “irritável” do que os outros, respondendo de forma exagerada a estímulos como luz e barulho. Assim, durante uma crise, o ideal é se sentar ou deitar – o que for mais confortável – em um local com pouca luz e sem barulhos, evitando ao máximo conversas e atividades que o tirem do repouso. Aqueles que possuem enxaquecas mais fracas podem melhorar completamente com o repouso, dispensando o uso de analgésicos.

Faça refeições leves e hidrate-se

Ainda que o desencadeante da sua crise não seja a alimentação, uma dieta leve rica em líquidos no momento da crise pode ser muito útil. Nos casos em que não há vômito, o jejum prolongado pode inclusive agravar a dor de cabeça. Beba muito líquido para se manter hidratado, tanto água quanto soluções hidratantes disponíveis no mercado. Porém, se o paciente estiver vomitando, o melhor é não ingerir alimentos sólidos e, em casos graves, procurar um pronto atendimento para receber medicações injetáveis mais potentes.

Se prepare nos dias de estresse

Apesar de existirem vários fatores desencadeantes de uma dor de cabeça, o gatilho mais importante é, sem dúvida, o estresse emocional. Situações como muitas horas no trânsito, cobranças no trabalho, excesso de horas trabalhadas e discussões familiares contribuem para que o cérebro do paciente produza mais noradrenalina, uma substância vasoconstritora que agravará ainda mais a dor de cabeça. Como é impossível fugir completamente do estresse e nem sempre é fácil evitá-lo, é importante que o paciente já esteja preparado para uma crise em dias que ele sabe que serão mais difíceis. Manter as medicações à mão, já fazer uma dieta mais leve e considerar sair mais cedo do trabalho, quando possível, são algumas alternativas.