Especial Carnaval: HPV e o perigo do câncer de colo de útero

Texto escrito por Marcela De Mingo e publicado no Superela

Por Superela
02/02/2018 11:32

Com certeza, você ficou alarmada quando viu na televisão a bateria de vacinas contra HPV que estavam sendo distribuídas para meninas até uma certa idade e se perguntou se você poderia tomar esse medicamento também. A ideia do governo era, principalmente, conscientizar e imunizar essas meninas antes que elas começassem a ter relações sexuais, porque o HPV, ou vírus do papiloma humano, é um dos grandes responsáveis pelo câncer do colo de útero.

Este câncer é o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), e a medida preventiva foi uma maneira de tentar conter a recorrência dessa doença por aqui. Mas, calma. Antes de tudo, vamos dar um passo atrás e falar um pouco mais sobre o HPV em si.

O que é o HPV?

O vírus do papiloma humano causa uma infecção no corpo. Alguns dos seus sintomas são verrugas em diferentes lugares do corpo ou lesões internas, que são as precursoras do câncer. Ela é caracterizada como uma infecção sexualmente transmitida porque é passada de pessoa para pessoa pelo sexo – seja ele vaginal (com penetração), oral ou manual-vaginal (quando uma pessoa masturba outra). O vírus também pode ser transmitido de mãe para filho, na hora do parto, o que faz desse vírus um de transmissão vertical – quando a doença pode ser passada de mãe para bebê durante a gravidez ou na hora do parto.

A maior questão em relação ao HPV é que, segundo a Fernanda Pepicelli, ginecologista da Clínica MedPrimus de São Paulo, na maioria das vezes a infecção não desenvolve nenhum sintoma visível ou que a pessoa possa sentir que algo esteja errado. “Você contrai o vírus, pode transmiti-lo, mas não desenvolve a doença”, diz ela. “Em alguns poucos casos pode haver verrugas e até desenvolver algum tipo de câncer, dentre eles o de colo de útero, de cabeça e pescoço. Por isso é importante sempre investigar ativamente quando há suspeita de contágio”.

Todo mundo pode ter HPV ou só as mulheres?

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