Para psicóloga, pessoas frustradas são as mais agressivas nas redes sociais
Em entrevista à BBC, a psicóloga norte-americana Pamela Rutledge, diretora do Media Psychology Research Center (Centro de Pesquisas sobre Psicologia e Mídia), na Califórnia, traçou um perfil dos comentaristas da internet.
Referência no estudo das relações entre mente e tecnologia, ela fala sobre as diferenças de comportamento do ambiente físico para o virtual. “As pessoas são as mesmas, online ou offline. Mas a internet tem a ver com respostas rápidas. As pessoas falam sem pensar. É diferente da experiência social offline, em que você se policia por conta da proximidade física do interlocutor”, ressalta.
“Nós já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na internet.”
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Sobre as redes sociais, Rutledge explica que o ambiente encoraja os extremistas a expressarem suas opiniões. “Pessoas que se sentem impotentes ou frustradas se comportam desta maneira para se apresentarem como se tivessem mais poder. E as pessoas costumam se sentir mais poderosas tentando diminuir ou ofender alguém”.
A psicóloga afirma ainda que não existe nenhuma doença diretamente relacionada ao uso da internet, mas existe a preocupação com problemas que podem ser mascarados a depressão e a falta de autoestima.
Para evitar que as crianças desenvolvam esse tipo de comportamento, ela aconselha que os pais conversem sobre o tema com os filhos desde cedo. “A sugestão é que chamem as crianças e peçam que elas deem seu ponto de vista. Aí sim eles poderão entender como as crianças estão lidando com a questão e, a partir daí, decidir quais devem ser as preocupações. A responsabilidade pode ser compartilhada. É importante ensinar os filhos a pensarem criticamente”.
Leia a matéria completa no site da BBC.