‘Pílula do câncer’ vira suplemento e poderá ser importada no país

Reportagem da Folha de S.Paulo, assinada por Nathália Cancian, Phillippe Watanabe e Reinaldo José Lopes.
“Pílula do câncer”, que ainda não tem seus benefícios comprovados, será comercializada como suplemento
Créditos: Getty Images/iStockphoto
“Pílula do câncer”, que ainda não tem seus benefícios comprovados, será comercializada como suplemento

Dois dos cientistas que pesquisavam a popularmente intitulada “pílula do câncer” (fosfoetanolamina) se separaram do grupo de investigação e vão lançar sua própria versão da substância como suplemento. Se o suplemento, que será fabricado nos Estados Unidos, for importado para ser vendido no Brasil, precisará do crivo da Anvisa, o que requer testes que comprovem suas propriedades.

De acordo com os pesquisadores, a mudança de categoria foi uma forma de acelerar seu acesso no país. Apesar de terem incorporado vitamina D, cálcio, fósforo e magnésio ao composto, eles afirmam que o produto final não sofreu alterações, referindo-se à substância desenvolvida por Gilberto Chierice, pesquisador da USP de São Carlos que encabeçou o projeto da pílula original.

Atualmente, a fórmula original está em fase de testes no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), patrocinados pelo governo federal e pelo governo paulista.

O composto que será vendido como suplemento e seu rótulo não contém informações sobre benefícios diretos para pacientes com câncer. Segundo os cientistas, a ideia da pílula é “manter o organismo em equilíbrio”.

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