Série da amfAR fala como cura da Aids impactaria quem tem doença

A websérie “Vozes Épicas” que a amfAR (Fundação para a Pesquisa da Aids) acaba de lançar, reúne depoimentos de soropositivos explicado como HIV impacta suas vidas e o que a cura significaria para eles.

Projeto traz depoimentos de pessoas com diferentes perfis que têm HIV ou Aids

A amfAR é uma das principais organizações sem fins lucrativos do mundo dedicada ao apoio de pesquisa da Aids, prevenção do HIV, educação para o tratamento e defesa de políticas públicas relacionadas ao HIV/Aids. Desde 1985, a amfAR investiu mais de US$ 450 milhões em seus programas e concedeu mais de 3.300 subsídios para equipes de pesquisa em todo o mundo.

A ideia do vídeo, segundo informa a amfAR ao Catraca Livre, é conscientizar a população de que a luta para o fim do HIV e da Aids continua e, ainda,  inspirar a geração Millenium e a comunidade LGBT a apoiarem as pesquisas para a cura da Aids.

“O HIV não é mais uma sentença de morte, mas uma sentença de vida porque eu vou viver tomando as minhas medicações, indo ao médico, lutando com plano de saúde e essas questões irão me acompanhar por toda a minha vida”, explicou Hydeia Broadbent, uma ativista que nasceu com HIV, em um dos vídeos da websérie.

O projeto “Vozes Épicas” traz depoimentos de pessoas com diferentes perfis que vivem com HIV ou Aids e, portanto, traz distintos pontos de vista sobre os desafios de ser soropositivo.

As cinco “Vozes Épicas” da websérie são:

  • Ongina (Ryan Palao), ator e drag queen que participou da primeira temporada do programa RuPaul’s Drag Race
  • Hydeia Broadbent, que nasceu com HIV e, aos 6 anos, começou o ativismo na conscientização de pessoas sobre HIV/AIDS e luta contra o estigma e discriminação relacionados ao HIV.
  • Mykki Blanco, rapper e artista.
  • Ken Williams, palestrante e fundador do blog “Ken Like Barbie”.
  • Teo Drake, homem trans que vive com HIV há bastante tempo.

Todos os vídeos estão disponíveis em http://www.curecountdown.org/epicvoices.

Luta para o fim do HIV e da Aids continua

Segundo a amfAR, a disponibilidade de tratamentos que mantêm o vírus sob controle por anos reduziu muito a percepção de que o HIV é uma questão de saúde grave. No entanto, o tratamento continua sendo um desafio – um terço das pessoas que vivem com HIV estão com o vírus suprimido – e o estigma em relação ao HIV ainda é muito grande.

“A websérie mostra a percepção do HIV de maneiras particulares e distintas e, com isso, esperamos inspirar ações, dissipar o estigma e, quem sabe, até mudar a forma como HIV é visto e discutido atualmente”, afirmou Kevin Frost, CEO da amfAR.

Em 2014, fundação lançou a “Contagem regressiva para a cura da Aids”, projeto destinado a desenvolver a base científica para a cura até o final de 2020.

A iniciativa pretende intensificar o programa de pesquisa focado na cura do HIV por meio de investimentos de US$ 100 milhões. O subsídio da amfAR tem o objetivo de oferecer suporte a qualquer cientista ou equipe de investigadores ideias de pesquisa com potencial para avançar a busca da cura.