O trailer do filme To the Bone (Até o osso em tradução livre), que em português chamará “O mínimo para Viver”, e será exibido pela Netflix, está causando polêmica na internet.

Com estreia marcada para o dia 14 de julho na plataforma, conta a história de Ellen (Lily Collin), uma garota de 20 anos que já passou por vários tratamentos sem sucesso contra anorexia, mas encontra novos amigos e esperança em um tratamento não convencional liderado por um médico que é interpretado por Keanu Reeves.

Tanto Lily quanto a roteirista Marti Noxon já enfrentaram a anorexia. Ela, inclusive, diz que a história é baseada em sua luta pessoal contra o distúrbio.

“O que eu estou tentando fazer é trazer entendimento e compaixão para uma questão que atinge muito mais pessoas do que nós imaginamos. Quero que mais pessoas falem sobre como a comida e a imagem corporal afeta homens e mulheres e nos impede de amar o momento em que estamos vivendo”, disse ele em entrevista ao EW.

Mas alguns internautas estão criticando a prévia do filme, pois consideram que ele pode ser uma versão romantizada do problema, o que mais atrapalharia do que ajudaria quem sofre com a anorexia.

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“‘To the bone’ da Netflix é apenas um gatilho para qualquer pessoa com problemas de saúde mental ou qualquer tipo de transtorno alimentar, não é útil”, critica uma internauta. Outros relacionaram a série a “13 Reasons Why”, questionando sobre a exploração desses temas pela plataforma.

Netflix’s ‘to the bone’ is just a massive trigger to anyone with mental health problems or any form of eating disorder, it is not helpful

— morgan (@mxrganmc) 20 de junho de 2017

Mas muita gente acha que o filme pode ajudar a esclarecer questões e mitos sobre o transtorno. “‘To the bone’ foi escrito por uma mulher que era anoréxica e é estrelado por Lily Collins, que superou transtornos alimentares. Este não é o caso de 13 RW”, postou outra pessoa.

To The Bone was written by a woman who was anorexic & stars Lily Collins who overcame ED. This is NOT a 13rw case. pic.twitter.com/EKoEY9iGko

— Ariel (@fIoraIprints) 20 de junho de 2017

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Lily comentou como foi reviver o problema: “Acho que o jeito com que o filme foi escrito e contado é uma maneira que só pode ser contada por alguém que realmente tenha passado por isso, porque há um senso de humor estranho usado por nós… o que faz com que não seja tão pesada, na falta de outra palavra”.
Assita ao trailer legendado do filme:

É um distúrbio alimentar e de imagem, onde o paciente não consegue aceitar o próprio corpo, o que provoca um medo intenso de ganhar peso, mesmo quando a pessoa está abaixo do peso normal. Pessoas com esse problema acabam aderindo dietas onde consomem o mínimo de calorias possível, abusam de exercícios e outros métodos para emagrecer.

Acredita-se que fatores biológicos, psicológicos e ambientais estejam envolvidas nas causas possíveis para a doença. Os genes e os hormônios podem desempenhar um papel no seu desenvolvimento. Atitudes sociais que promovem tipos de corpos muito magros também podem estar envolvidas, como traz matéria do Minha Vida, Parceiro do Catraca Livre.

Como identificar o problema?

Converse com seu médico se você ou uma pessoa próxima a você estiver:
• Muito preocupada com o peso
• Exercitando-se em excesso
• Limitando a ingestão de alimentos
• Muito abaixo do peso ideal

Quanto antes o paciente ou pessoas próximas a ele identificarem o problema e buscarem ajuda melhor para reduzir os impactos que a doença pode causar em longo prazo.

O Grande problema é que, muitas vezes, o paciente não tem consciência de que está passando por dificuldades e precisará de muito apoio para superar. No entanto, é importante não forçar uma decisão ou atitude sem que a pessoa se sinta confortável.

Leia a matéria completa sobre a anorexia.

Blogueira que venceu a anorexia inspira o amor pelo nosso corpo