‘Xapa Xana’: o lubrificante artesanal feito à base de cannabis
O gel íntimo faz parte de um projeto de arte com o objetivo de empoderar artística e sexualmente as mulheres
Em pleno ano de 2020, o prazer feminino ainda é tabu, mas no que depender da paulistana Débora Mello isso tem tudo para mudar. Criadora do Xapa Xana, um lubrificante feito à base de óleo de coco e flor de cannabis, a brasileira que mora no Uruguai, tem feito mulheres descobrirem o prazer com orgasmos que chegam a durar até 15 minutos.
O gel íntimo, que é aplicado na mucosa vaginal, se torna um estimulante sexual, aumentando a libido e proporcionando experiências orgásticas intensas e múltiplas durante o sexo ou masturbação. Além disso, tem ação antifúngica, anti-inflamatória e antibacteriana.
O estimulante sexual é fabricado artesanalmente e comercializado no Uruguai, onde a cannabis é legalizada. E a receita apenas Débora tem. Toda a produção é feita artesanalmente por ela com ingredientes 100% vegetais, livres de aditivos químicos.
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Por ser totalmente comestível, o gel íntimo pode ser usado no sexo oral sem restrições. “Foi um processo supernatural, não foi algo que eu planejei, acredito que tenha sido bem intuito e eu acabei virando uma alquimista do rolê todo”, conta Débora, que desenvolveu o projeto logo que se mudou para o Uruguai.
O Xapa Xana é mais que um que lubrificante, na realidade, é um projeto artístico de empoderamento sexual feminino que vem com um fanzini, recheado de ilustrações de várias artistas que abordam a relação entre a mulher, o sexo e a flor de cannabis. Junto com o zine vem o potinho mágico que Débora chama de “brinde experiência”. “Eu acho isso muito lindo porque hoje as pessoas não querem comprar coisas, elas querem comprar experiências”, diz.
https://www.instagram.com/p/BeBsouHB-1H/
Débora conta que se aprofundou no tema depois que muitas clientes passaram a procurá-la com problemas de libido e dificuldades de ter orgasmos. Hoje, ela encara como missão proporcionar prazer – seja ele solitário ou a dois – para o máximo de mulheres possível.
O futuro do projeto é manter escritório no Uruguai, mas Débora também quer produzir o Xapa Xana em outros países onde a cannabis também é legalizada. No ano passado, ela esteve com o projeto em uma exposição em Los Angeles, nos Estados Unidos, e – este ano, o plano é levar a produção para Amsterdam.